Tese de Mestrado da USP mostra Benefícios da Umbanda para a saúde.
27 de abril de 2014 09:34 / Deixe um comentário
A psicanalista Suely Mizamoto fez suas observações a partir das condições de saúde e bem-estar psicológico e social dos membros envolvidos na pesquisa em um Centro de Umbanda.
Estudo realizado no final de 2012 no Instituto de Psicologia da USP apresentou a relação entre religiosidade e saúde ao analisar duas religiões brasileiras: Santo Daime, que faz uso sacramental da bebida psicoativa Ayahuasca, e a Umbanda, ambas com rituais fundamentados em práticas de estados diferenciados de consciência, segundo a autora.
A psicanalista Suely Mizumoto, em sua dissertação de mestrado Dissociação, religiosidade e saúde: um estudo no Santo Daime e na Umbanda, fez diversas constatações. Entre elas, que adeptos do Santo Daime e da Umbanda apresentaram diferenças significativas quanto à redução da frequência de mudanças de humor e de sentimentos contraditórios. As diferenças foram baseadas nas experiências anteriores e posteriores à participação nos rituais de cada religião. Quando comparados a um grupo controle, os adeptos mostraram ter maior equilíbrio de humor e emoção.
Segundo a pesquisadora, a comunidade religiosa, provedora de apoio emocional, material e afetivo, pode também ser compreendida como uma comunidade terapêutica para as condições psicológicas estressantes.
Os adeptos podem encontrar em suas comunidades suporte em momentos de fragilidade. No entanto, Suely diz que, “na verdade, o aprendizado que essas religiões proporcionam podem ensinar seus adeptos a ter um domínio maior quanto ao enfrentamento espiritual dessas questões, diminuindo experiências mediúnicas traumatizantes”.
A psicóloga empregou um questionário que abordava o perfil social, a religiosidade e a saúde, tanto física como mental, dos voluntários. “Os resultados obtidos dos perfis sociais, saúde e religiosidade e das escalas revelaram indicadores de bem estar que confirmam índices de saúde inteiramente satisfatórios e até melhores quando comparados aos resultados do grupo controle”, relata a pesquisadora.
Com o tema de sua dissertação, Suely espera amenizar os preconceitos com as religiões afro brasileiras. A Umbanda é um exemplo de religião que trabalha exclusivamente na arte do ensino da prática mediúnica, não faz uso de psicoativos, mas mesmo assim pode não ser bem interpretada.
Não havendo nocividade nestas práticas, a relação entre religião e saúde, mais bem esclarecida por esta pesquisa, pode ajudar a desconstruir muito do senso comum que envolve a religiosidade no País”, disse.
Ficou interessado?
Se desejar ler o estudo na íntegra, acesse o seguinte link: httpz/ / http://www.neip.info/ downloads Mizumoto_2012.pdf
A COMIDA VOTIVA.
22 de abril de 2014 10:50 / Deixe um comentário
Dize-me o que comes e te direi quem és
A comida de santo é culinária brasileira que se faz africana quando materializa e alimenta todo o sistema do terreiro, revivendo a África distante, sua história e suas experiências. Isso intencionalmente porque em nosso dia a dia não deixamos de reviver o “saber fazer” africano inconscientemente nos ingredientes, nas receitas e nos modos de preparo, na maneira de comer e na forma de pensar o alimento.
O alimento é veículo de axé. No preparo da comida no terreiro são considerados fatores como o manuseio dos ingredientes, os utensílios, a forma de cozimento, a ritualização no passo a passo da receita, as pessoas envolvidas na manipulação, a montagem do prato e o comportamento do próprio alimento e das ferramentas utilizadas como organismos vivos, veículos do diálogo entre homens e deuses. Na cozinha dos Orixás, não se fala mais que o necessário, não se brinca, não se grita, não se canta nada estranho ao repertório do culto. Qualquer pensamento ou ato fora do propósito contamina e compromete a construção da oferenda.
A relação com o alimento chega a ser antropofágica. A comida é a comunhão entre os planos, sendo parte humana e parte divina, alimentando os dois extremos simultaneamente e estabelecendo uma ponte entre o adepto e seu Orixá. Cada comida votiva é construída de elementos que fazem parte do universo Elegun/ Orixá (o mineral, o vegetal, o animal, além de conceitos como cores, formas, quantidades, temperaturas etc.) e, com isso, reforça o axé que circula entre os dois. Orixás e seus filhos se alimentam um do outro. Não há criador sem criatura.
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16 de abril de 2014 11:20 / Deixe um comentário
Muitas novidades para você!
Palavras do Vô Bento
13 de abril de 2014 10:45 / Deixe um comentário
– Filhos, ouçam todos e me digam o que é preciso para ser um médium. (fala vô Bento)
– Ah, Vô, é preciso ter disciplina, dedicação, estudo…(responde membros do centro)
– Não, filhos, para ser médium não precisa de nada disso. Ser médium é fácil: todos que passaram hoje por assistência são médiuns como vocês, e para isso nada é exigido. O difícil é ser INSTRUMENTO DE DEUS, e é isso que vocês precisam ser, se realmente querem evoluir e fazer o bem. (fala vô Bento)
– E agora, o que é preciso para ser um bom Instrumento de Deus? (responde membros do centro)
…silêncio…
– Só precisa ter um CORAÇÃO LEVE, um coração cheio de AMOR pela Espiritualidade e sem interesse perante ela. Olhem para dentro de vocês e observem qual é o tipo de amor que vocês têm perante a Espiritualidade. Observem qual é o lado do muro em que vocês estão agora: no lado da troca, onde se espera receber “também” ou no lado do amor, onde se é capaz somente de “dar”? Saibam que é do lado do amor que estão os verdadeiros Instrumentos de Deus. Observem agora, FILHOS, se, vocês estão pulando de um lado para o outro do muro. E o que é pior, observem se vocês não estão em cima do muro, prestes a cair, ou quem sabe já caíram e não se deram conta, tentando até derrubar seus outros irmãos. Filhos, entendam: é através do amor que tudo acontece, é através do amor que vocês ficam receptivos às forças Espirituais Divinas e só assim conseguem receber tudo de Divino. Quanto ha dedicação, estudo e disciplina, quando há amor, todas essas necessidades se tornam naturais e fáceis de serem cumpridas, pois nos dedicamos a tudo que amamos, não é verdade?! Então tudo se transforma em uma grande alegria. (fala vô Bento)
Incorporado através de Tâmara Valentina , em 09/03/2014