TIRANDO AS DÚVIDAS SOBRE INCORPORAÇÃO.
28 de novembro de 2016 05:00 / Deixe um comentário
Incorporação: Estado alterado de consciência onde atualmente menos de 1% dos médiuns são inconscientes. A maioria das incorporações é consciente ou semi- conscientes, por isso a necessidade de desenvolver a passividade dos médiuns. O guia espera a sua confiança. Incorporar é dar passagem para que outra personalidade se manifeste. 70% das incorporações não são mecânicas, isto é, apenas o mental é tomado, portanto, quando incorporado, seu corpo pode tossir, espirrar, limpar os olhos, o nariz, pois trata-se do corpo do médium com todas as suas necessidades fisiológicas. Nosso corpo é o veículo do guia, como um carro, que ele usará para se manifestar.
Nascemos dentro deste carro e a afinidade com o nosso veículo é tão grande que não fazemos nada sem ele, olhamos pela sua janela (olhos) andamos (pernas), não imaginamos que esse carro possa ter dois lugares ou que alguém possa “dirigi-lo” sem causar um desastre. A primeira coisa que o guia nos mostra é que não somos este carro, apenas vivemos dentro dele, e vai querer mostrar que alguém mais pode “dirigi-lo” para você. A nossa dificuldade inicial é “entregar a direção” para ele. Nas giras de desenvolvimentos vamos sentir muitos “trancos” e sentir uma presença ao nosso lado (é o guia que sentou no banco do passageiro e está pisando no freio, mostrando que está la). Com o tempo, vamos “soltando” o volante e deixando ele dirigir, no inicio deixamos um pouquinho mas ficamos tão apreensivos que tomamos a direção de volta, depois deixamos mais um pouquinho, mas como ele dirige diferente de nós ficamos com a mão no volante, quando ele faz uma curva a gente mete o pé no freio. Ai ficamos na dúvida, quem está dirigindo? Eu ou ele? Com o tempo começamos a pegar confiança nele e a soltar a mão da direção e vemos que ele dirige bem melhor do que a gente e começamos a “apreciar” a paisagem. Para que ele dirija, temos que dar passividade, confiança, dar a direção para ele. Ele conhece outros caminhos, outros lugares, nunca se perde e sabe sempre pra onde está indo.
Surgimento da Umbanda!
21 de novembro de 2016 07:53 / Deixe um comentário
A Umbanda surgiu da necessidade dos povos da classe baixa, que nunca tiveram condições de acesso aos trabalhos mediúnicos de espiritismo. Após a revolução Francesa, o mundo todo, inclusive o Brasil passaram a copiar tudo que vinha da França, desde o militar até os costumes do dia a dia. Isso tudo na época do feudalismo, onde os escravos eram trazidos da África para trabalharem nas lavouras de cana de açúcar e café, e, que tais escravos trouxeram também a sua cultura e a religião. Porém nesse tempo a igreja católica exercia um poder muito grande sobre os senhores feudal. Para poderem cultuar os seus santos africanos, os escravos tiveram que associar os seus deuses, com os santos católicos, pois todos os rituais eram vigiados pelos capatazes dos patrões. Então para poderem realizar seus cultos os escravos colocavam sobre a mesa um santo do panteão católico e debaixo coberto por uma toalha seus santo africano.
O estudioso sobre fenômenos sobrenaturais, de um nome LEON HIPOLYTE DENIZARD RIVAIL, o qual mais tarde seria conhecido como ALLAN KARDEC, já estudava tais fenômenos espiritas pela Europa e passou a difundir a sessão d mesa branca, e que tal sessão passou a ser celebrada pelo mundo todo e hoje é conhecida como Kardecismo ou mesa branca.
Essas sessões no Brasil começaram a serem praticadas pelas classes mais abastada ( risas ) da época, só que tinha algumas regras como: só podiam manifestar ou comunicar espíritos de pessoas ricas e famosas, tato é que, quando um espirito desconhecido, tido como ignorante manifestavam, eram expulsos, inclusive o médium, o qual era acusado de praticar o baixo espiritismo.
Após a abolição da escravatura, houve um crescimento populacional exagerado em vilas, vilarejos e cidades, pois os negros recebiam a liberdade e saiam das grandes fazendas, sem contudo terem o mínimo para sobreviverem, com isso o culto africano que era passado de pai para filhos, foi se enfraquecendo e aos poucos abandonados.
No inicio de 1900, um jovem de família muito rica do Rio de Janeiro, de nome ZÉLIO FERNANDINO, foi acometido de um mal, doença essa que era acompanhada pela classe médica, por padres, políticos e outros, devido a importância da família e o “mal” persistia à algum tempo.
ZÉLIO foi convidado por um amigo a visitar um Centro Espirita de mesa branca, para participar de uma sessão, o que aceitou.
Durante a sessão, o jovem Zélio incorporou um espirito o qual queria dizer algumas palavras, mas como na época só se podia incorporar espíritos de pessoas conhecidas, tentaram expulsar o espirito porem, um médium pediu permissão para falar com ele, e o espirito disse: que estava ali em trabalho para o alto astral e que seria iniciada uma nova sessão denominada UMBANDA, disse ainda se chamar caboclo SETE ENCRUZILHADAS, que ditaria as regras da nova religião em uma sessão no dia seguinte as 20:00 horas, ocasião em que foi fundada a primeira Tenda de umbanda do Rio de Janeiro.
Caboclos
14 de novembro de 2016 07:28 / Deixe um comentário
É o nome dado às entidades lendárias indígenas, ou de manifestações de religiões como o caboclo que se incorpora nos ritos de Candomblé de Caboclo, no Catimbó, e na Umbanda.Os Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos do nosso Brasil, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas conseguem curar diversos males materiais e espirituais.
A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde os Caboclos, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel e cerveja. Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; de curandeiros são eles chefes de terreiros. As vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxóssi, mas eles são simplesmente entidades da umbanda que pertencem a linha de Oxóssi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.
Estão sempre em busca de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis. Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que não necessariamente tenham sido índios como citamos acima podem ter cido médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente.
Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos-Velhos assumem esse papel).Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias), desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais. Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam .
Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de “índios”, prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas. Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.
Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos. O trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos o nosso objetivo. A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos. Quase sempre os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados.
Zé Pelintra na Umbanda e sua Falange de Malandros do bem.
7 de novembro de 2016 07:56 / Deixe um comentário
Muitos falam sobre essa maravilhosa falange, muitos sabem o que falam, mas outros muitos nem ao menos sabem o que e por que falam. Apenas porquê foi assim que ouviram e não buscam saber o que falar corretamente, inúmeros são os motivos que tanto distorceram o real fundamento e sentido dessa maravilhosa falange espiritual que tanto nos auxilia. Muito foi distorcida também a imagem dessa falange, por médiuns despreparados e sem conduta, que atraem para perto de si espíritos zombeteiros que se passam pelos reais malandros e assim fazem e tem atitudes completamente distorcidas que muito comprometem o nome dos verdadeiros malandros de Umbanda e a falta de Zeladores comprometidos, torna isso mais intenso e então por medo, acabam não utilizando esse maravilhoso grupo de espíritos comprometidos com a Caridade e o bem ao próximo.
Vamos esclarecer um pouco sobre esse tema e levar aos que pouco sabem, algum esclarecimento sobre essa falange de trabalho na Umbanda.
Porque Malandro?
O malandro e amigo que caminha comigo, “- Malandro mesmo é a Maestria (Deus), que nos dá a Fé como caminho, sabendo ele, que o único caminho é a Fé…”
A real representação da Malandragem é o bom ato em prol da vitória sobre o mal, o conceito inicial da malandragem é se esquivar através da boa malandragem, de influências negativas que a todos nos cerca, de forma positiva, alegre e proveitosa.
Quem são os malandros?
Assim como todas as entidades que se apresentam na Umbanda, os malandros que chegam na nossa amada religião para trabalhar são espíritos desencarnados, que hoje com seu esclarecimento e entendimento sobre a Criação, usam seu conhecimento e experiências viventes para virem novamente em terra, e assim nos ajudar de forma positiva em nossa caminhada evolutiva como Guias espirituais.
Mas assim como todos os Guias de Umbanda, a falange de Malandros tem a sua regência e Orixás os quais respondem diretamente. Não são entidades livres de responsabilidade, assim como todos os outros, tem suas responsabilidades a seguir que é fazer e praticar suas boas mandingas em nome da Caridade e do amor ao próximo que os procuram em busca de ajuda.
Falange de Malandros.
A malandragem antes de tudo, antes de até mesmo ser integrada na Umbanda foi criada e autorizada por Olorum e como qualquer Falange tem sua regência e responsável, com a malandragem não é diferente.
Quem nunca ouviu falar de Zé Pelintra? Pois bem, o caro e amigo Zé Pelintra, grande mandingueiro, mestre Juremeiro, portador da Fé, que caminhou do Nordeste ao Sudeste buscando seu caminho por longas estradas… É essa brevemente, uma das grandes lendas que explicam sobre o amigo Zé Pelintra que se apresenta em nossa religião. Mas como sabemos, cada espírito que se apresenta nessa linha é um espírito diferente e tem sua própria história, mas que dentro de seu contexto, por afinidade, é nessa linha de trabalho que se apresenta e vem nos ajudar. Mas o grande Zé Pelintra Mestre Juremeiro é o famoso Zé, também chamado por uns de “Zé Maior” o grande Chefe de falange da Malandragem, é a ele que todos os malandros atuantes e que se apresentam na Umbanda para trabalhar respondem, e é ele que responde aos Orixás que regem e dão sustentação a essa linha de trabalho em nossa religião.
Esses Orixás, podemos observar e identificar primeiramente e pontualmente quando vemos e observamos a forma de trabalho de um Malandro na Umbanda. Suas cores preferidas ou principais, que representam essa falange de trabalho são o Branco e o Vermelho, cores essas que representam respectivamente Oxalá e Ogum, o grande Orixá representante da Fé e o Orixá da lei Ogum, que além da Lei, tem os Caminhos como seu campo de atuação. Olhem que grande representação da Umbanda nessa falange de trabalho, é a própria lei do retorno em sua mais maravilhosa atuação de resgate. Quem diria um “malandro”, reconhecido grosseiramente por nós pelos seus atos em vida, de serem grandes e sábios contrários da lei do homem e de Deus, praticando seus mais diversos atos e costumes para seu benefício próprio, hoje, atuando diretamente sobre a regência da Lei Maior que é Ogum, através da Caridade, para recuperar seus carmas acumulados nos atos cometidos em seus caminhos. Sendo assim, eles praticam essas mesmas malandragens só que de forma benéfica e positiva, trazendo o branco em suas vestes representando a paz e a sua Fé e credibilidade no que ele pratica em seu novo caminho.
Sr Zé, quando estreitamos nosso contato com ele, ele sempre busca nos vivificar, colocando nossos potencias e virtudes para fora com sua alegria e gerando em nós uma sensação inigualável de que a vida vivida é maravilhosa, essa parte advém de nossa maravilhosa mãe Iemanjá a geradora de tudo. Observamos também que todo bom malandro atua de forma pontual, presente e incisiva em nossas vidas com seus conselhos doutrinadores e direcionadores, fazendo com que todos nós acordemos de nossas falhas e nos movimentemos de forma nunca antes vista para nossas conquistas e consertos dessas falhas, essa parte vem de nossa grande mãe Iansã Rainha da lei e das direções.
Mas quem nunca ouviu a famosa frase de um malandro: “- Malandro que é malandro, caminha em qualquer lugar…”? Dentre as diversas frases de Sr. Zé Pelintra, essa é uma delas que carrega muito mais mistério do que podemos imaginar. O mistério maior de Zé Pelintra vem de sua principal regência que é Oxalá, Ogum, Iemanjá e Iansã. Mas, podemos encontrar hoje dentro da falange da malandragem, diversos “Zés” com suas mais distintas filiações e atuações específicas dentro do campo desse ou daquele Orixá. Logo, muitos “Zés” podem vir sobre a regência de um específico Orixá, mas sempre respondendo primeiramente a estes quatro principais que regem essa linha da malandragem.
Assim como encontramos Zé Pelintra respondendo a esses quatro Orixás com tais especificações, mas atuando com seus mistérios para todos os fins de Amor, Justiça, Cura, etc. e etc. Pois sua regência vinda de Oxalá, o grande criador que exteriorizou do interno de Olorum, todos os campos da vida e seus respectivos Orixás responsáveis, deu a ele a chave para atuar e ter passagem de atuação em todos os campos da vida com sua boa malandragem. Não é à toa também, que um dos grandes símbolos de Zé Pelintra é uma Chave, que dá a ele a passagem por todas as portas da criação.
Muitos são os malandros que se apresentam para trabalhar e muitos com nomes diferentes em suas apresentações:
Zé Pelintra
Zé Navalha
Zé Pelintra das Almas
Zé Malandro
Zé da Madrugada
Malandrinho
Zé Pretinho
Capoeirinha
João baiano….
São muitos os nomes apresentados, mais o importante é saber na realidade que a essência é a mesma, com suas variações em suas regências secundárias e especialidades de atuação.
Ferramentas de trabalho
As mais variadas são as suas ferramentas de trabalho, mas dentre elas podemos destacar a bengala, a chave, o punhal, a navalha, o terço, o maracá, os dados, as cartas, os dominós, palitos de dente, cigarros, cerveja, água com gás, agua sem gás entre outros.
Ao contrário do que muitos pensam malandro ou qualquer tipo de entidade que se apresenta na Umbanda para trabalho, não bebe e nem fuma, são instrumentos que manipulados por eles em sua essência, possuem efeitos místicos de trabalho. Por isso apresento aqui como elementos de trabalho suas bebidas preferidas e seu fumo que é na maioria das vezes o cigarro.
Formas de trabalho
São exímios conselheiros do amor, da fé e da conquista de resultados, nos dão o caminho preciso para chegar ao nosso objetivo. A malandragem em sua mas pura essência são entidades bem próximas de nós, falam de forma mais clara normalmente para nosso entendimento, até porque são espíritos não tão antigos em sua última vivência como os Velhos e Caboclos que caminham conosco. Muitos usam muitas gírias de época, também gostam muito de falar por metáforas e versos, que nos inspiram a entender o sentido profundo do que pretendem nos mostrar.
Despertam em nós a mais pura essência da felicidade, da conquista, da alegria de viver e sorrir. Se fazem muito presentes e muita das vezes com facilidade por sua tão próxima densidade conosco, a energia de um malandro faz nosso coração pular e nossos chacras pulsarem. Se plasmam quase que físicos em nossa frente em algumas situações, nos dão diversas e mais variadas provas físicas de sua presença ao nosso lado. Quem nunca pediu uma confirmação de Sr. Zé peça, mas não saia correndo se o ver passando ou se ele se fazer presente por um de seus elementos de trabalho a sua volta, o qual seus olhos vão focar e não mais desatentar daquele objeto dele por instantes te fazendo ter a certeza que é ele te mostrando que está presente através de sua intuição.
Todas as experiências que tive com esse exemplar amigo e camarada são incontáveis e as mais variadas.
Ao Sr. Zé Pelintra meu amigo e camarada meu muito obrigado.
Que a malandragem guie e se façam sempre presentes no direcionamento de cada passo de todos nós meus irmãos de fé.
Saravá Sr. Zé Pelintra…
Salve a Malandragem…
Salve o Mestre da Jurema…
Salve Sr. Zé Catimbozeiro….
Axé