Procedimentos de preparação para a Gira!
26 de dezembro de 2016 05:56 / Deixe um comentário
Quando sabemos que em determinado dia ocorrerá uma Gira, nós os filhos-de-santo devemos tomar algumas providências que com toda a certeza nos ajudarão a se preparar para ela.
Em primeiro lugar, a abstinência alcoólica é obrigatória. Nunca devemos ir a uma Gira dedicada a Deus e aos Orixás com sequer uma dose de qualquer bebida que seja, isso porque tal ato poderá acarretar problemas sérios ao médium, que terá alguns dos seus sentidos alterados e não poderá entregar-se por completo ao Pai, além de ser um desrespeito à ele próprio.
A carne vermelha deve ser evitada, pois lhe são contidas certas energias que podem interferir no organismo do médium, seja ele de incorporação ou não, dificultando assim o fluxo de energia positiva da corrente e o reabastecimento de suas ”baterias divinas”.
Quanto a abstinência sexual, ela deve ser efetuada, não pelo sexo ser impuro como todos pensam, mas sim porque o ato ocorrido consome grande parte da energia corporal, debilitando o corpo do Médium que não poderá ser utilizado na sua plenitude devido ao cansaço existente.
Por ultimo lugar citamos o banho de defesa ou descarrego como se costuma chamar, e que pode ser feito com cinco, sete ou nove Ervas Sagradas, ou o próprio sal grosso.
Este banho tem o poder de limpar e defender o corpo de qualquer negatividade que possa nele existir, dando-lhe melhores condições para desempenhar o seu papel nas Giras. Porém vale o lembrete de que o banho de defesa só é tomado após o banho comum, sendo lavada somente à parte de abaixo do pescoço (pois a cabeça pertence ao Santo de cada um), e deverá ser levemente enxuto deixando com que o restante se seque no próprio corpo.
Para complementar essa preparação, deve também acender uma luz ao nosso anjo-de-guarda, pedindo a sua proteção para que tenhamos condições de nos entregar totalmente à Caridade.
Templo de Umbanda
19 de dezembro de 2016 06:55 / Deixe um comentário
Local, local onde Zelador de Santo (Pai espiritual), filhos, irmãos e simpatizantes, entra em comunhão com Deus Criador, com os Orixás e com os mentores espirituais. É Nesse solo sagrado que recebemos; doamos e principalmente aprendemos a Amar, Perdoar, resgatar, ajudar ao próximo, sem distinção de cor, condições sócias.
Que todos respeitem esse solo, zelando pela limpeza, não só no aspecto material, mas também no aspecto moral, pois só assim conseguiremos estar mais próximo de Oxalá.
Zelador de Santo (Pai Espiritual / Babalaô): Babalaô ou Pai Espiritual é o responsável pelos filhos, o templo, cuidar dos Orixás, fazendo as firmezas do terreiro e cuidar da coroa de cada um que foi entregue a ele por confiança.
É ele que cuida da coordenação de todo o trabalho para que os mesmos não tenham problemas observando tudo ao seu redor, e que muitas vezes falto o tempo para dar atenção a todos os filhos, ficando a cargo dos Pais Pequenos o desenvolvimento Mediúnico ajuda e auxilio aos Médiuns quanto da incorporação e desincorporação, não esqueçamos que o Babalaô e Pai, amigo, conselheiro, aquele a quem confiamos a espiritualidade, que dispõe do seu tempo, às vezes da família para que cada filho cresça, não esqueçamos irmãos que na figura do Babalaô e Pais pequenos existe seres humanos que também tem seus problemas e suas vidas, estão irmãos vamos respeitar essas pessoas que se doam para o nosso bem estar é o mínimo que devemos fazer.
DIA-A-DIA NA UMBANDA E SUAS NORMAS!
12 de dezembro de 2016 06:16 / Deixe um comentário
Umbanda é simples, sua prática é simples, mas não basta deixar que os guias trabalhem. Antes é preciso que os sacerdotes tenham, além de preparo espiritual, um grande conhecimento que não deve ser apenas místico, mas filosófico e esotérico. É neste contexto o conhecimento astrológico é fundamental.
Enganam-se aqueles que tentam ignorar os conhecimentos dos astros. Pois é inegável, a ligação dos orixás com cada planeta e signo do Zodíaco. Também se percebe que na ritualística, tanto esotérica, quanto umbandista os princípios astrais estão contidos profundamente em todas as praticas essências.
Apenas uma coisa é certa: “teoria sem obras é estéril”. Portanto, estudem e não deixem de trabalhar; Estudem, mas não usem este estudo para complicar o já funciona de forma simples ou para questionar não teve a mesma oportunidade de estudar, mas tem a garra e a coragem para ajudar o próximo por meio dos espíritos militantes na Umbanda.
NORMAS DE Terreiros NA UMBANDA: Conforme o tempo vai passando, algumas coisas tendem a se perder por nossa memória; porém, existem determinadas significações que jamais devem ser esquecidas, já que consistem em ações básicas de nosso quotidiano, e o ao se perderem poderiam até mesmo fazer com que você não compreendesse o verdadeiro sentido de alguns fatos que fazem parte do nosso dia a dia.
O esquecimento ao qual nos referimos acontece por causa do que costumamos chamar de ”rotina”, pois quando passamos a fazer algo com muita constância, este passa a crescer dentro de nós, evoluindo os seus ensinamentos, e nos levando ao consequente encobrimento daqueles que foram os ensinamentos luisicos, as raízes que nos sustentaram até então.
Por isso agora, relembremos algo que vem la do inicio da Umbanda que conhecemos, os significados dos principais rituais que nela se realizam contidas numa única Gira, e que por acontecerem tão frequentemente, são facilmente desapercebidas.
Umbanda e candomblé conquistam jovens!
5 de dezembro de 2016 02:54 / Deixe um comentário
Ao menos uma vez por mês, jovens de até 30 anos vão ao terreiro de umbanda ou Candomblé. Conversam com os espíritos, pede a eles conselhos para a vida e volta para casa com indicações de práticas e rituais como: Orações de sete dias, banhos, limpezas e agradecimentos aos orixás. “Ninguém se sente obrigado a ir ao centro: vão quando tem vontade. Muitos desses jovens vieram de famílias católicas e não tinham contato com religião. Quando resolvem ir ao terreiro pela primeira vez recebem de um médium um recados sobre cuidados com a vida.
A umbanda dialoga de forma simples e rápida com você, não tem nenhuma metáfora ou mensagem rebuscada.
Todos que vão é para procurar ajuda dos guias, ajuda dos espíritos que incorporam nos médiuns em dia de gira, como são chamadas as cerimônias, sempre que acham necessário.
Muitos jovens urbanos que trocaram a crença familiar pela fé nas tradições africanas. É por causa de pessoas que, nos dois últimos censos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os frequentadores de cultos afro-brasileiros aparecem no topo do ranking de escolaridade: ficam em segundo lugar, atrás apenas de kardecistas e à frente de católicos e evangélicos. São comunicadores, estudantes e criativos cujas escolhas de vida não combinam com grandes empresas, mas, sim, com a liberdade de ir e vir. São membros da geração Y, essa nascida a partir da década de 80, urbana e conectada à internet, em que os psicólogos sociais identificam uma aversão clara à hierarquia e uma necessidade de se engajar em projetos com profundo significado pessoal.
A maioria dos atuais adeptos das religiões afro-brasileiras, se encantam por ela depois de adulto.
Segundo a umbanda, qualquer pessoa pode desenvolver a capacidade de intermediar o mundo dos espíritos com o nosso.
Na Umbanda as relações são mais horizontais que na igreja católica, onde a hierarquia é mais de cima para baixo. Lá, o máximo de contato físico que você tem é beijar a mão do padre. Na umbanda, é difícil não sair abraçando meia dúzia. É como se o seu ego se dissolvesse no meio do grupo.
A umbanda e o candomblé, religiões que vêm atraindo o grupo, também têm um código moral amplo, baseado na lei do retorno: fazer o bem para recebê-lo e evitar fazer o mal para não sofrê-lo. Nos cultos africanos, bem e mal estão sempre juntos.
Dentro desse contexto, é compreensível que a hierarquia horizontal da umbanda seja tão confortável para os novos adeptos.
Muitos se envolvem de forma tão grande que se tornou ogã, um líder que canta e toca atabaque para que os espíritos possam trabalhar. Parte de suas tarefas é receber as pessoas que chegam pela primeira vez ao centro.
Para se preparar prepara para as giras, os Ogãs seguem com alguns rituais: nas 24 horas que antecedem os trabalhos, não tem relações sexuais, não bebe álcool nem usa qualquer substância que possa alterar a consciência, e não come carne vermelha. Também toma um banho de sete ervas. A dedicação causa estranhamento nos amigos de fora da religião.
Quem realmente é adepto da Umbanda tem que saber como driblar o preconceito e a intolerância religiosa. Na Umbanda religião ninguém orienta a fazer trabalhos para prejudicar os outros.
No candomblé, as cerimônias são guiadas pelo pai de santo e os cantos são em iorubá ou outras línguas dos antigos escravos. Diferentemente da umbanda, quem se manifesta por meio dos médiuns são os orixás – e não espíritos antigos. Por fim, se o praticante tem uma questão particular a tratar, pede uma sessão individual com o pai ou a mãe de santo, que fará perguntas aos deuses pelo jogo de búzios. São consultas que nada lembram as confissões e punições da igreja católica ou as expurgações dos evangélicos pentecostais.
Para o sociólogo das religiões Reginaldo Prandi, professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), o aspecto lúdico coloca os cultos africanos numa posição atraente para esses jovens. “A umbanda, assim como o candomblé, tem três coisas boas da vida: música, dança e comida”, resume. Além disso, a estética de cores fortes e contrastantes, rendas e ornamentos ricos, e a conexão com folhas, ondas do mar e flores ajudam a atrair novos adeptos, afirma o estudioso. “O mundo está questionando sua relação com a natureza e, nos grandes centros urbanos, são raros os momentos em que você fica com os pés no chão, em contato com tudo isso”, analisa. Essa turma antenada mostra que, hoje, nada é mais moderno do que buscar a paz nas coisas simples da vida.