Tamara Valentina

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Arquivo mensal: maio 2023

Sincretismo Umbanda.

“(…)

Quando os povos d’África chegaram aqui

Não tinham liberdade de religião

Adotaram o Senhor do Bonfim:

Tanto resistência, quanto rendição

Quando, hoje, alguns preferem condenar

O sincretismo e a miscigenação

Parece que o fazem por ignorar

Os modos caprichosos da paixão

Paixão que habita o coração da natureza-mãe

E que desloca a história em suas mutações

Que explica o fato de Branca de Neve amar

Não a um, mas a todos os Sete Anões

(…)”

A senzala foi um agregador do povo africano. Escravos muitas vezes apartados de suas famílias e divididos propositadamente em grupos culturais e linguisticamente diferentes, por vezes antagônicos, para evitar rebeliões, organizaram-se de modo a criar uma pequena África, o que posteriormente se refletiu nos terreiros de Candomblé, onde Orixás procedentes de regiões e clãs diversos passaram a ser cultuados numa mesma casa religiosa.

Entretanto, o culto aos Orixás era velado, uma vez que a elite branca católica considerava as expressões de espiritualidade e fé dos africanos e seus descendentes como associada ao mal, ao Diabo cristão, caracterizando-a pejorativamente como primitiva. Para manter sua liberdade de culto, ainda que restrita ao ambiente da senzala, ou, de modo escondido, nos pontos de força da natureza ligados a cada Orixá, os escravos recorreram ao sincretismo religioso, associando cada Orixá a um santo católico. Tal associação também apresenta caráter plural e continuou ao longo dos séculos, daí a diversidade de associações sincréticas.

Hoje há um movimento de “reafricanização” do Candomblé, dissociando os Orixás dos santos católicos; por outro lado, muitas casas ainda mantêm o sincretismo e muitos zeladores de santo se declaram católicos. No caso da Umbanda, algumas casas não se utilizam de imagens de santos católicos, representando os Orixás em sua materialidade por meio dos otás; entretanto, a maioria ainda se vale de imagens católicas, entendendo o sincretismo como ponto de convergência de diversas matrizes espirituais.

De certa forma, o sincretismo também foi chancelado pelo fato de popularmente Orixá passar a ser conhecido como “Santo” (Orixá de energia masculina/pai/aborô) ou “Santa” (Orixá de energia feminina/mãe/iabá), o que reforça a associação e correspondência com os santos católicos, seres humanos que, conforme a doutrina e os dogmas católicos, teriam se destacado por sua fé ou seu comportamento. A energia masculina e a energia feminina de cada Orixá não têm necessariamente relação com gênero e sexualidade tal qual conhecemos e vivenciamos, tanto que, por exemplo, em Cuba, o Orixá Xangô é sincretizado com Santa Bárbara.

Ainda sobre o vocábulo “Santo” como sinônimo de Orixá, as traduções mais próximas para os termos babalóòrisá e ìy álorìsa seriam Pai ou Mãe-no-Santo, contudo, o uso popular consagrou Pai ou Mãe-de-Santo. Para evitar equívocos conceituais e/ou teológicos, alguns sacerdotes utilizam-se do termo zelador ou zeladora de santo.

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ASPECTOS DA TEOLOGIA DE UMBANDA.

Alguns dos elementos da Teologia de Umbanda que figuram como consensuais nos diversos segmentos da religião:

Monoteísmo

Crença num Deus único (Princípio Primeiro, Energia Primeira, etc.), conhecido principalmente como Olorum (influência iorubá) ou Zâmbi (influência de Angola). Em linhas gerais, a Trindade representa nascimento, vida (e/ou morte) e renascimento, estando presente nas mais diversas culturas. A Trindade Católica é a mais comum na Umbanda (Pai, Filho, Espírito Santo), embora algumas casas se valham de Olorum, Oxalá e Ifá. Por sua vez, a Umbanda de Almas e Angola concebe a Trindade Divina dessa maneira: Zâmbi (Deus, criador do universo), Orixás (divindades) e Guias ou Entidades Espirituais (espíritos de luz).

Crença nos Orixás

Divindades/ministros de Deus, ligados a elementos e pontos de força da natureza, orientadores dos Guias e dos Guardiões, bem como dos encarnados.

Crença nos Anjos

Enquanto figuras sagradas (e não divinas), os anjos são vistos como seres especiais criados por Deus (influência do Catolicismo) ou como espíritos bastante evoluídos (influência do Espiritismo/Kardecismo).

Crença e m Jesus Cristo

Vindo na Linha de Oxalá e, por vezes, confundido com o próprio Orixá, Jesus é visto como Filho Único e Salvador (influência do Catolicismo/do Cristianismo mais tradicional) ou como o mais evoluído dos espíritos que encarnaram no planeta, do qual, aliás, é governador (influência do Espiritismo/Kardecismo).

Crença na ação dos espíritos

Os espíritos, com as mais diversas vibrações, agem no plano físico. A conexão com eles está atrelada à vibração de cada indivíduo, razão pela qual é necessário estar sempre atento ao Orai e vigiai preconizado por Jesus.

Crença nos Guias e Guardiões

Responsáveis pela orientação dos médiuns, dos terreiros, dos consulentes e outros. A atuação dos Guias e Guardiões é bastante ampla. Ao auxiliarem a evolução dos encarnados, colaboram com a própria evolução.

Crença na reencarnação

Segundo essa crença, as sucessivas vidas contribuem para o aprendizado, o equilíbrio e a evolução de cada espírito.

Crença na Lei de Ação e Reação

Tudo o que se planta, se colhe. A Lei de Ação e Reação é respaldada pelo princípio do livre-arbítrio.

Crença na mediunidade

Segundo esta visão, todos somos médiuns, com dons diversos (de incorporação, de firmeza, de intuição, de psicografia, etc.).

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SEGMENTOS UMBANDISTAS

Na realidade, a Umbanda é uma só. Contudo, há ramificações diversas, nas quais cada sacerdote, filho e consulente se sentem mais à vontade para trabalhar sua conexão com o divino e desenvolver a mediunidade. Embora não haja consenso ou mesmo reconhecimento de alguns segmentos, a lista abaixo apresenta alguns dos mais conhecidos.

Umbanda de Almas e Angola: Em linhas gerais, conjuga a Umbanda Tradicional e os ritos africanistas do Candomblé Angola.

Geralmente, Umbanda Branca e/ou de Mesa não utilizam elementos africanos (em algumas casas, nem mesmo o culto direto aos Orixás), não trabalham diretamente com Exus e Pombogiras nem se utilizam de fumo, álcool, imagens e atabaques. Por outro lado, trabalha com Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças, bem como se valem de livros espíritas como base doutrinária.  Umbanda de Caboclo Forma de Umbanda na qual o foco são os Caboclos, prevalecendo a influência das culturas indígenas.

Umbanda Esotérica: Seu maior representante e difusor foi W.

A Umbanda vista como conjunto de leis divinas.

Derivada da Umbanda Esotérica, foi fundamentada por Pai Rivas

Umbanda Iniciática (Mestre Arhapiagha), com grande influência oriental, como uso de mantras indianos e do sânscrito.

Umbanda Omolocô Genericamente, conjugação do culto africanista aos Orixás ao culto dos Guias e das Linhas de Umbanda.

Umbanda Popular Praticada antes do trabalho de Zélio Fernandino, conhecida também como macumba, de forte sincretismo entre Orixás e santos católicos.

Alguns consideram o chamado Candomblé de Caboclo também uma forma de Umbanda Popular.

Umbanda de Preto-Velho Forma de Umbanda na qual o comando cabe aos Pretos-Velhos.

O sacerdote ora toca para Umbanda, ora Umbanda Traçada (Umbandomblé) para Candomblé, em sessões com dias e horários diferenciados.

Umbanda Tradicional Genericamente, refere-se à Umbanda organizada por Zélio Fernandino.

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Orações para ter bençãos na vida.

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ASPECTOS DA TEOLOGIA DE UMBANDA.

Alguns dos elementos da Teologia de Umbanda que figuram como consensuais nos diversos segmentos da religião:

Monoteísmo

Crença num Deus único (Princípio Primeiro, Energia Primeira, etc.), conhecido principalmente como Olorum (influência iorubá) ou Zâmbi (influência de Angola). Em linhas gerais, a Trindade representa nascimento, vida (e/ou morte) e renascimento, estando presente nas mais diversas culturas. A Trindade Católica é a mais comum na Umbanda (Pai, Filho, Espírito Santo), embora algumas casas se valham de Olorum, Oxalá e Ifá. Por sua vez, a Umbanda de Almas e Angola concebe a Trindade Divina dessa maneira: Zâmbi (Deus, criador do universo), Orixás (divindades) e Guias ou Entidades Espirituais (espíritos de luz).

Crença nos Orixás

Divindades/ministros de Deus, ligados a elementos e pontos de força da natureza, orientadores dos Guias e dos Guardiões, bem como dos encarnados.

Crença nos Anjos

Enquanto figuras sagradas (e não divinas), os anjos são vistos como seres especiais criados por Deus (influência do Catolicismo) ou como espíritos bastante evoluídos (influência do Espiritismo/Kardecismo).

Crença em Jesus Cristo

Vindo na Linha de Oxalá e, por vezes, confundido com o próprio Orixá, Jesus é visto como Filho Único e Salvador (influência do Catolicismo/do Cristianismo mais tradicional) ou como o mais evoluído dos espíritos que encarnaram no planeta, do qual, aliás, é governador (influência do Espiritismo/Kardecismo).

Crença na ação dos espíritos

Os espíritos, com as mais diversas vibrações, agem no plano físico. A conexão com eles está atrelada à vibração de cada indivíduo, razão pela qual é necessário estar sempre atento ao Orai e vigiai preconizado por Jesus.

Crença nos Guias e Guardiões

Responsáveis pela orientação dos médiuns, dos terreiros, dos consulentes e outros. A atuação dos Guias e Guardiões é bastante ampla. Ao auxiliarem a evolução dos encarnados, colaboram com a própria evolução.

Crença na reencarnação

Segundo essa crença, as sucessivas vidas contribuem para o aprendizado, o equilíbrio e a evolução de cada espírito.

Crença na Lei de Ação e Reação

Tudo o que se planta, se colhe. A Lei de Ação e Reação é respaldada pelo princípio do livre-arbítrio.

Crença na mediunidade

Segundo esta visão, todos somos médiuns, com dons diversos (de incorporação, de firmeza, de intuição, de psicografia, etc.)

Bandeira da Umbanda.

Saul de Medeiros (Saul de Ogum), presidente da Associação de Umbanda de Caxias do Sul, idealizou uma bandeira que, no dia 1º. de junho de 2008, teve seu lançamento oficial no Teatro Municipal Dr. Paulo Machado de Carvalho. Nas palavras de Pai Saul, a imagem da bandeira representa “A imagem de um lindo sol radiante e, de seu núcleo, sai uma figura que, no primeiro instante, parece a de um enorme pombo branco, mas, olhando com mais atenção, a forma se modifica, deixando transparecer um espectro humano angelical com enormes asas, voando como se se dirigisse a um destino, determinado a realizar uma missão”. Pretende-se que a bandeira seja reconhecida por todos os umbandistas.

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Depoimentos amarração amorosa – abril 2023

Movimento Político Umbandista.

O Movimento Político Umbandista (MPU) agrega umbandistas, candomblecistas e praticantes de outras religiões de matriz africana, com o intuito de melhorar a visibilidade dessas religiões e dá-las maior representatividade político-eletiva. Para tanto, redigiu-se a Carta Magna de Umbanda, que, em 2013, foi bastante discutida em fóruns em diversos pontos do país e pelas redes sociais e outros meios eletrônicos, com sugestões e aprimoramentos. O MPU lançou, ainda em 2013, as bases para o Congresso Nacional de Umbanda pela Renovação, ocorrido em novembro de 2014. Seu principal líder é Pai Ortiz Belo.

Associação Brasileira de Escritores Afrorreligiosos

Fundada em 24 de dezembro de 2013, tem como membros escritores, editores, blogueiros dirigentes espirituais, leitores e interessados em geral, umbandistas, candomblecistas e de outras religiões de matriz africana. Um dos objetivos da Associação Brasileira dos Escritores Afrorreligiosos (Abeafro) é dar maior visibilidade do trabalho dos escritores na mídia, nas feiras de livros, no contato com o público em eventos em livrarias, terreiros, centros comunitários, etc. Seu primeiro presidente é Ademir Barbosa Júnior (Dermes).

Hino da Umbanda

O Hino da Umbanda, cantado em quase todas as casas (no início ou no final das giras, bem como em ocasiões especiais), foi composto por José Manuel Alves, que, vindo de São Paulo em 1960, procurou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, em Niterói, vindo de São Paulo, desejoso de ser curado da cegueira (o que não aconteceu, em virtude de compromissos cármicos de José Manuel).

Tempos depois, José Manuel tornou a procurar o Caboclo das Sete Encruzilhadas e lhe apresentou uma canção em homenagem à Umbanda, tomada pelo Caboclo como Hino da Umbanda. Em 1961, o Hino foi oficializado no 2º. Congresso de Umbanda.

A letra:

Refletiu a Luz Divina

Com todo seu esplendor

É do reino de Oxalá

Onde há paz e amor

Luz que refletiu na terra

Luz que refletiu no mar

Luz que veio de Aruanda

Para tudo iluminar

A Umbanda é paz e amor

É um mundo cheio de Luz

É a força que nos dá vida

E à grandeza que nos conduz.

Avante, filhos de fé

Como a nossa lei não há

Levando ao mundo inteiro

A bandeira de Oxalá.

O Hino sintetiza as características gerais da Umbanda, bem como sua missão.

A Umbanda vem do plano espiritual para iluminar e acolher; vem na linha de Oxalá, sob as bênçãos do Mestre Jesus, para fortalecer a todos e auxiliar cada um a desenvolver o Cristo interior.

No acolhimento que faz a encarnados e desencarnados, a Umbanda convida todos a encontrar paz individual e coletiva. O exercício do amor em todos os níveis, – a verdadeira caridade que não se reduz apenas ao assistencialismo – vibra em consonância com os ensinamentos do Mestre Jesus.

A mensagem de Umbanda espalha-se pela terra e pelo mar, abençoada e orientada pelos  Orixás. Trilha espiritual e religião ecológica, valoriza a magia e o poder dos elementos em favor do equilíbrio e da evolução de cada um e do planeta. A luz (fogo) vem de Aruanda (ar, dimensões), reflete na terra, no mar (água), disponibiliza-se a todos: a mesma luz que brilha em Aruanda (plano espiritual elevado) brilha também, guardadas as proporções e adequações a cada plano e a cada indivíduo, para todo espírito, encarnado ou desencarnado.

As portas dos templos estão sempre abertas a todos, sem distinção. Há quem prefira participar de algumas giras, receber conselhos, sugestões, Axé e voltar agradecido para sua casa, sua religião, suas práticas espirituais. A lei da Umbanda é o amor/a caridade e, de fato, como essa lei (evidentemente, não exclusiva à Umbanda), não existe outra. Nesse sentido, levar ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá significa compartilhar no cotidiano, nas mais diversas circunstâncias, o amor e a paz, e não forçar alguém/o mundo à conversão ou ao comparecimento a giras (o que, aliás, nenhum umbandista consciente faz), nem tentar impor a minha Umbanda como verdadeira. A graça da Umbanda está na diversidade. Se conjugar a minha Umbanda à sua, à dele, à dela, juntos, teremos Umbanda.

Que a bandeira de Oxalá cubra a todos nós, auxiliando cada um a cultivar o Cristo interno! Que o Hino da Umbanda vibre sempre em nossos corações.

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