Vamos aprender sobre Ogum!
26 de março de 2018 07:03 / Deixe um comentário
Ogum é o Orixá que vence demanda. Ele é quem comanda os Exus. Ogum tem em sua falange outros desdobramentos como Ogum Megê, Ogum Rompe Mato, Ogum Beira mar, Ogum Yara, entre outros…
O filho de Ogum é uma pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento. A sua impaciência é tão marcante que não gosta de esperar. É afoito. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio. Uma marca muito forte de seu Orixá é tornar-se violento repentinamente. Seu gênio é muito forte. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por serOgum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.
A representração de pontos riscados: feita por espadas.
Cores: Vermelho, Branco.
Guia: Vermelho e Branco, predominando uma cor ou outra dependendo da falange
Saudação: ogunhê patacuri Ogum
Dia:Terça-feira
Chacra atuante:solar
Numero: 3
Vestes: Roupa vermelha e branca.
Características dos filhos: persistentes, temperamento forte determinados e batalhadores.
Planta: Espada de São Jorge, losna, aroeira, carqueja, eucalipto, jatobá, agrião, romã,
Flor: Palmas brancas e vermelhas, crista de galo antúrio.
Local: Humaitá, Campinas, estrada de ferro
Bebida: Cerveja Branca.
Desdobramentos principais de Ogum:
Na Umbanda, Ogum continua comandante (Tata) e guerreiro invencível. Se na África seus sete nomes coincidem com os das sete cidades que formavam o reino de Irê, na Umbanda eles se tornaram as falanges que seguem:
a) Ogum Beira-Mar – cor: azul e vermelho, age nas orlas marítimas em harmonia com Iansã e Iemanjá.
b) Ogum Iara – sua cor é azul claro e vermelho, age nos rios, trabalha na cachoeira em harmonia com Oxum.
c) Ogum Rompe-Mato – sua cor é o Vermelho e verde age nas matas (trabalha em harmonia completa com Oxossi, na entrada da Mata). Podendo ser cultuado tanto na terça-feira, dia de Ogum, quanto na quinta-feira, dia de Oxossi.
d) Ogum Malê – age contra todo o mal
e) Ogum Megê – sua cor é o vermelho, branco e preto, age sobre as almas, trabalha em harmonia com Omulu, na entrada da calunga pequena – cemitério.
f) Ogum de Lei – sua cor é vinho e branco, age junto com a justiça, trabalha com as Almas em harmonia com Xangô, Omulú, Oxum e Ogum Iara.
g) Ogum de Ronda – age nas ruas, do lado de fora das porteiras.
Um espirita no Umbral!
19 de março de 2018 07:12 / Deixe um comentário
Um homem de 55 anos, espírita, sofreu um acidente e morreu de repente. Ele se viu saindo do corpo e chegando a um lugar escuro, feio, tétrico, com energias muito negativas.
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Assim que começou a caminhar por aquele vale sombrio, viu três espíritos vestidos com capa preta caminhando em sua direção. Assim que chegaram, o homem perguntou:
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– Que lugar é esse?
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– Aqui é o que vocês espíritas chamam de umbral – disse um dos espíritos. O homem ficou chocado com aquela informação. Considerou que talvez estivesse ali para participar de alguma atividade socorrista aos espíritos sofredores. O espírito negativo, que lia seus pensamentos, respondeu que não. Ele estava ali porque o umbral era a zona cósmica que mais guardava sintonia com suas energias.
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– Mas isso é impossível!!! – disse o espírita em desespero. – Não posso estar no Umbral. Deve haver algum erro… Em primeiro lugar eu sou espírita, faço parte dessa religião maravilhosa que é considerada o consolador prometido por Jesus. Realizo também projetos sociais de doação de sopa aos pobres. Ministro o passe magnético duas vezes por semana a uma multidão de pessoas lá no centro. Também ajudo financeiramente instituições de caridade, além de dar palestras no centro para os iniciantes no Espiritismo. Há algo errado…
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Não há nenhum erro – disse o espírito das sombras – Em seu atual estágio de evolução, você tem que ficar aqui mesmo. É verdade que você é espírita e faz parte desta doutrina consoladora, mas intimamente você julgava pessoas de outras religiões por não serem espíritas. Sim, você realizava projetos sociais dando sopa aos pobres, mas em seus pensamentos sentia-se o máximo. Sim, você ministrava o passe, mas considerava que seu passe era mais “poderoso” do que o passe de outros passistas. Sim, você ajudava financeiramente instituições de caridade, mas dentro de ti sempre dava o dinheiro esperando receber algo em troca. E finalmente… Sim, você dava palestras aos iniciantes na doutrina, mas acreditava ter mais conhecimento que eles e se colocava numa posição de destaque e vaidade intelectual. Tudo isso suscitando uma das maiores chagas da humanidade, o “orgulho” e vaidade. (Hugo Lapa)
Aprenda sobre Orunmila e Ifá!
12 de março de 2018 07:01 / Deixe um comentário
Acredita-se que Olorún passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possíveis, imagináveis e existentes entre todos os mundos habitados e não habitados a Orúnmilà, fazendo com que, dessa forma, este se tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse.
No àiyé, Olorún fez com que Orúnmilà participasse da criação da Terra e do homem, fez com que auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia e, também, com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu Ori.
No Orún, ensinou-lhe todos os conhecimentos básicos e complementares referentes a todos os Orixás, independentemente de serem lrúnmolè, Imolè, Ebora, Oníle, Íyámi Ájé ou Égúngún, pois criou um elo de dependência de todos perante Orúnmilà; todos devem consulta-lo para resolver diversos problemas, como, por exemplo, a vinda de Orisànlá à Terra para efetuar a criação de tudo aquilo que nela teria vida. Porém, o grande orixá não seguiu as orientações prescritas por Ifá e não conseguiu cumprir sua obrigação, caindo nas travessuras aplicadas por Exu, ficando esta missão por conta de Odúduwà.
Orúnmilà também fala e representa de maneira completa todos os orixás, auxiliando, por exemplo, um consulente sobre o que deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado orixá e, dessa forma, obter um resultado satisfatório para o orixá e o consulente.
Orúnmilà conhece o destino de todos os homens e de tudo o que tem vida em nosso mundo, pois ele está presente no ato da criação do homem e da sua vinda a Terra, e é neste exato instante que Ifá determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos por aquele determinado espírito.
É por isso que Orúnmilà tem a resposta para toda e qualquer pergunta que lhe é feita e a solução para todo e qualquer problema que lhe é apresentado, e é também por essa razão que ele tem o remédio para todas as doenças que lhe forem apresentadas, por mais impossível que pareça ser a sua cura. Por isso, todos nós deveríamos cultuar Orúnmilà e Ifá, pois felizes aqueles que a eles adoram e veneram como sua entidade e fonte de energia e sobrevivência; se assim o fizermos, com certeza poderemos alcançar a sorte, a felicidade, a inteligência, a sabedoria, o conhecimento, enfim, o destino ideal juntamente ao seu equilíbrio.
Todos nós deveríamos consultar Ifá antes de tomar qualquer atitude e decisão em nossas vidas; com certeza, iríamos errar menos.
Os yorubás consultam Ifá antes de tomar qualquer decisão como, por exemplo, um casamento, um noivado, um nascimento e, até mesmo, na hora de dar um nome à criança, antes da conclusão de um negócio, uma viagem, etc.
Além disso, Orúnmilà é também quem tem a vida e a morte em suas mãos, pois é a energia que está mais atuante e mais próxima de Olorún, podendo ser a única entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudança do destino de uma pessoa.
Para melhor compreendermos tudo o que foi dito até aqui, vamos dar como exemplo o Itan (lenda) a seguir, de como Ifá pode influenciar na vida de uma pessoa.
Os mais importantes para nós, agora, são a sabedoria e o reconhecimento de Ifá perante todo e qualquer orixá, e, além do mais, o quanto realmente ele está disposto a ajudar ou salvar a vida humana.
Inúmeras podem ser as lendas, contos e histórias que demonstrem a importância, o poder e a sabedoria de Ifá, ou de Orúnmilà, mas também basta observar com mais calma para melhor entender que Orúnmilà, olhando simplesmente para o significado de seu nome, é “aquele que pode abrir o além”.
Todos os fatos até então relatados já seriam suficientes para que o homem realmente fizesse de Órunmilà a sua energia de adoração, pois ele é o verdadeiro caminho para a felicidade e para a total interação do homem junto ao seu interior.
A divindade Ela é a salvação, é o equilíbrio, e Orúnmilà é o salvador, é o que irá nos dizer com calma e respeito o que realmente devemos fazer para ir ao encontro de um bom destino.
Ele é quem faz a trilha e demonstra para o homem qual o caminho a ser seguido para alcançar e encontrar o seu Ori Inú (seu Eu interior) e, desta forma, encontrar o equilíbrio, a paz, o conhecimento e a sabedoria, que são os princípios básicos de Ela e Orúnmilà.
E através de Orúnmilà que Olôdúnmarè exerce e pratica sua função e seus poderes, pois ele é a ferramenta de trabalho do Criador; é quem executa o que o Criador deseja. Orúnmilà é o poder de Olódúnmare; nele estão depositados todos os poderes do Criador para auxílio de seus filhos, procurando ajudá-los a fim de que não sofram nem se desesperem pelas más energias contidas no mundo terreno, criadas e desenvolvidas por nós mesmos.
Zé pelintra e a linha dos MALANDROS!
5 de março de 2018 07:51 / Deixe um comentário
Zé pelintra – O elo da Periferia Existencial com o Divino.
Não é muito comum a linha dos malandros.
Enquanto um Caboclo esta preocupado em nos ajudar no nosso desenvolvimento e despertar espiritual, e preto velho fala da nossa necessidade de desenvolver sentimentos puros para garantir a nossa evolução, Exu esta para combater as trevas que vem nos atrapalhar…enfim, a linha dos malandros (Zé pelintra) está ligado, esta apto a falar com nós e trabalhar com nós inteiramente ao plano material no que se diz respeito a questão profissional, financeira.
E do que se trata a linha dos malandros? O ícone maior é o Zé pelintra, mas dentro de um terreiro baixa outros “Zés” e outras “Marias”.
Pode baixar o Zé Navalha, o Zé Pretinho, o Zé Capoeira, Zé do Morro. Entre as Marias pode vir Maria Navalha, Maria Facadas, Os sete facadas e por ai vai! Tudo arma branca!
Então eles trazem esses nomes simbólicos que tem uma série de fundamentos por trás do símbolo. E o que temos que nos preocupar agora é com o fundamento da existência dessa linha espiritual.
Antigamente havia uma resistência grande ou um desconhecimento muito grande do que se trata Zé Pelintra e esses Malandros que vinham nos Terreiros de uma forma bem “infiltrante” e por não saber onde alocar eles então deixava vir na linha de baianos, deixavam vir na linha de Exu entre outros.
E poucos terreiros foram entendendo que na verdade no plano espiritual existe uma estrutura para essa linha espiritual. E que Zé pelintra não é nem Baiano e nem tampouco Exu, é uma linha própria.
E a espiritualidade explica que é o seguinte: é de fato nova a linha de Malandros dessa forma organizada se manifestando nos terreiros.
Podemos ariscar com toda tranquilidade, que essa linha vem se manifestando assim dessa maneira estruturada (todos os espíritos nessa mesma linha de trabalho) à no máximo uma década.
O que se via sempre era Zé Pelintra, figura muito forte. E Zé Pelintra é muito mais antigo que a Umbanda.
Zé pelintra já baixava nos terreiros de macumba carioca, nos terreiros de catimbó. Principalmente no Catimbó ele é o mestre da Jurema, ele é um dos grandes ícones do Catimbó, então ele é muito forte e sempre em qualquer lugar, ele este sempre ligado a uma estrutura da existência humana, que é a periferia existencial. E o que seria isso? Ele esta intimamente ligada ao existencialismo, porque os espíritos afins dessa linha são aqueles que tiveram experiência parecida de viver uma situação difícil socialmente, de abandono, no gueto, no morro e uma luta constante pela sobrevivência. Muitos se inclinaram para uma linha não muito digna, para poder sobreviver. Então eles estão ligados, retornam aos terreiros para lidar com essa experiência humana.
Eles vêm pra ajudar aqueles que vivem a situação de abandono de uma forma mais ampla. Não estão aqui para ajudar somente no abandono social, politico e as necessidades materiais; priorizam no auxilio do abandono emocional, abandono espiritual, aquele que se abandona também.
De fato também, eles estão muito ligados à questão da mulher: a mulher que sofre, a mulher que sofre brutalmente machismo, mulher que sofre com a violência na sociedade. Cuidam também das crianças abandonadas, as crianças que sofrem.
É comum perceber nos terreiros de Umbanda que tem Zé Pelintra na frente como sustentador espiritual da casa (ou um dos principais sustentadores), desenvolver trabalhos assistenciais.
Resumindo: Quando falamos que ele é o Malandro, não é o malandro marginal. Não se deve confundir. Quando nos referimos com o termo Malandro, estamos querendo dizer que “aquele que usa do jogo de cintura pra viver, aquele que sabe sacudir, que sabe dar um jeitinho da situação para existir e sobreviver”.
E quando trazemos nossas dificuldades e nossos problemas diante de um malandro, a forma de como ele vai nos orientar e como ele vai lidar com as nossas problemáticas é muito peculiar.
Eles procuram nos fazer enxergar a situação com uma certa graça e o conselho é sempre dando a dica de achar atalhos (que não parecia muito obvio), rever toda uma situação. Também estão muito ligados com a questão da situação material!
E se pode no templo de umbanda se preocupar com questões materiais? CLARO QUE PODE! Nós somos ser espiritual, um ser mental, emocional e material. Quem ficar mais preocupado com um aspecto da vida do que com outro, vai entrar em um quadro de desequilibro, nós somos esse quadrante ou essa cruz. São esses aspectos que nos formam.
Somos seres que buscam se espiritualizar, para que dessa maneira aprenda a controlar os instintos, e assim as emoções estejam equilibradas.
Desenvolvemos intectualmente e racionalmente e tenho que cuidar da minha matéria.