Tamara Valentina

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Arquivo mensal: novembro 2014

Desabafo

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É na experiência da vida que se adquire a verdadeira sabedoria, aquela que vem do Alto.

Sou velha no falar; velha na mensagem, velha nas tentativas de acertar. A minha força, eu a construí na vida, na dor, no sofrimento. Não no sofrimento como alguns entendem, mas naquele decorrente das lutas, das dificuldades do caminho, da força empreendida na subida.

A força da vida se estrutura nas vivências. É à medida que construímos nossa experiência que essa força se apodera de nós, nos envolve e nós então nos saturamos dela. É a força e a coragem de ser você mesmo, de então nos saturamos dela. É a força e a coragem de ser você mesmo, de não se acovardar diante das lutas, de continuar tentando.

Sou forte. Mas quando me deixo encher de pretensões, então eu descubro que sou fraca. Quando aprendo a sair de mim mesma e ir em direção ao próximo, aí eu sei que me fortaleço. Sou humano sem corpo. Sou como você, sou espírito. Sou errante, aprendiz de mim mesma. Na estrada da vida, aprendi que até hoje, e possivelmente para sempre, serei apenas o aprendiz da vida.

Sou andarilha. Pelas estradas da vida eu corro, eu ando. Tudo isso para aprender que, como você, eu sou uma cidadã do Universo. Sou um semeadora da paz.

PAI JOÃO DE ARUANDA

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Muitos dizem que Preto-Velho é espírito atrasado, que não tem conhecimento e que, somente pelo fato de assim se apresentar já atesta a própria inferioridade.

Mas eu gostaria de convidar a uma reflexão. O que é estar atrasado ou adiantado em sua evolução? Se um espírito é atrasado, ele o é em relação a quem? Se está adiantado, como saber com certeza?

Muitos julgam as aparências, inclusive a dos espíritos. Devemos ter cuidado ao fazer isso. É certo que não se deve crer em tudo ou em todos os espíritos, mas, daí a discriminar um espírito por ele se manifestar desta ou daquela forma preferida por ele é preconceito típico de muitos irmãos.

A atmosfera espiritual do Brasil, devido a seu passado histórico, é povoada de espíritos que preferem manter a forma espiritual tal qual em sua última existência, como escravo. O regime escravocrata terminou; a escravidão, contudo, permanece marcada nos céus no Brasil. O estigma deixado por ela, ainda o experimentamos. É por isso que mesmo espíritos que não reencarnaram como negros, assumem essa aparência com alguma finalidade.

Por que não questionar também aqueles que se manifestam como frades, madres ou quaisquer formas espirituais que adotem determinados espíritos? Será que o homem branco ainda se julga o padrão espiritual de elevação? Acontece, meus filhos, que Preto-Velho não dá ibope para os médiuns e dirigentes dos centros.

Dizer, no entanto, que o mentor é um padre, um médico, uma irmã de caridade ou um indiano parece ser moda que entrou nos corações dos médiuns e donos de centro, enraizando-se aí, junto ao orgulho.

É preciso que a análise seja mais profunda, levando-se em conta o conteúdo, não se prendendo somente à forma externa ou ao palavreado. Nós falamos de maneira simples, para pessoas simples.

Não adianta complicar a vida. Mesmo que gostem de palavras bonitas e complicadas, a verdade continua simples.

Nossa palavra é dirigida ao coração, e mesmo que alguns de vocês queiram negar, a nossa ação é mais através do sentimento e das emoções dos irmãos, chamando para a reflexão a respeito das coisas simples da vida.

Não adianta falar de Evangelho com palavras complicadas e vocabulário difícil.  O povo, meu filho, para o qual a mensagem é dirigida, não entende muitas coisas que você fala, e só acham bonito por achar. Jesus falava com a linguagem do povo, que é coração.

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Zeca Pagodinho filho de Ogun

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Zeca Pagodinho, filho de Ogum e Ibeji, cresceu em meio a um grande sincretismo religioso, que o fez misturar as tradições católicas e as tradições da Umbanda, por isso, quando está em casa às 6 da tarde, ele reza ao Iado da família, mas não deixa de ir às segundas-feiras ao terreiro de Umbanda. Sempre assumiu sua devoção religiosa pelos Orixás e promove concorridas festas para São Jorge (Ogum) e Cosme e Damião (Ibej¡).

O Ogum é conhecido como o “santo dos sambistas, dos malandros, da rapaziada que anda na rua”- é São jorge, vencedor de demanda.

O Zeca Pagodinho é devoto e tem hoje mais de 60 imagens de São Jorge. A cada Iugar que  vai, recebe uma diferente. Sempre conversa com São Jorge, não para pedir, mas para agradecer, porque não precisa pedir mais nada. Zeca Pagodinho é muito sensitivo; quando está para acontecer alguma coisa com alguém ele sente uma dor na boca do estômago, dor de rolar mesmo, mas, depois que eu começou a fazer os rituais indicados pelos Ogum, rapidamente melhora.

Caboclos manifestados

Quando os Caboclos dessas Falanges, que tem as incorporações mais “estrondosas”, se manifestam, que tipo de energias eles manipulam e o que pode ser considerado animismo e mediunidade, já que a inconsciência é cada vez mais rara? Existe semi-consciência e como se dá?

Caboclo Pena Branca

“Estrondosas” em que médiuns e templos? Os rodopios exagerados, os gritos acompanhados de esgares compulsivos, a voz estridente, as ordens ríspidas, os gestos violentos, os “caciques” vaidosos ou os obscenos nas palavras, nada têm a ver com as Entidades Espirituais, pois os Caboclos dessas vibrações são disciplinados como todos na verdadeira Umbanda Sagrada. Esses comportamentos podem ser considerados animismo dos médiuns. Cabe aos diretores espirituais e Pais de Terreiro sérios mostrarem que a semiconsciência é o envolvimento mediúnico que deixa o médium com a consciência alterada em diversos níveis, não sendo acompanhada dos exageros derivados das carências psicológicas dos filhos pela falta de autoconhecimento e orientação adequada. Obviamente, nos médiuns em educação e desenvolvimento, essas situações são até aceitáveis, um tanto normais, pois ainda há grande dificuldade de percepção fluídica e realmente os lapsos de consciência ocorrem em alguns casos, fazendo com que os aparelhos entrem em quase transe cataléptico após a atuação das entidades, e pelo desacoplamento do corpo astral. Aos poucos, a mecânica de incorporação vai se suavizando e os médiuns vão se tornando dóceis à vontade do Guia ou Protetor, quando bem orientados em ambientes de elevada moral. As energias mais utilizadas são o ectoplasma e a dos quatro elementos: ar, terra, água e fogo.

Amarração Amorosa Grátis

As atitudes de Ogum e Xangô com as demandas de astral inferior

O que as Falanges de Ogum e Xangô fazem, respectivamente, quando em demandas no Astral inferior com organizações malévolas

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A atividade espiritual das Falanges regidas pelas vibrações do Orixá Ogum, entre outras, está ligada aos grandes embates astrais nas comunidades do Umbral Inferior que são antros de magia negra a servir os filhos em seus objetivos mais imediatos, em total desrespeito ao Iivre-arbítrio, merecimento e carma individual do irmão ao lado. Muitas vezes, o pedido de retomo do marido pela companheira abandonada, em vez de alicerçado em sentimento amoroso, se mostra como apego exagerado em desesperado egoísmo, que tudo fará para se ver satisfeito no seu ideal de falso amor. Como para quem paga existe sempre quem receba, as falanges de Ogum atuam combatendo os marginais do Umbral Inferior que tudo realizam para conseguir o fluido animalizado de uma oferta de sangue quente derramado. Nos casos de desmanchos de feitiçarias, as Falanges e Legiões de Ogum vão à frente e retêm essas comunidades desrespeitosas das leis cármicas; isso quando o consulente tem merecimento para tal movimentação, sendo que o seu próprio livre arbítrio deverá ser respeitado.

A atividade cármica de Ogum na Terra é abrir os caminhos para que as demais falanges dos Orixás atuem. As Falanges de Xangô são as responsáveis pelos reequilíbrios cármicos, como fiéis detentoras da balança divina dos destinos. As comunidades “retidas” pelas “tropas” de Ogum são entregues às Legiões de Xangô, que promoverão a justiça. Muitas vezes, um mago negro e sua organização, pelos seus desmandos e total desequilíbrio com as Ieis cósmicas, precisam ser retidos e levados para os tribunais de julgamentos que existem no Umbral Inferior sob a tutela de Mentores e Guias de Xangô.

Nesses locais de detenção, provisórios, se estabelecerá a análise cármica de cada espírito. Os mestres ali atuantes definirão qual a melhor solução, dentro das Leis Divinas, para cada individualidade. Uns reencarnam imediatamente, alguns se dispõem ao estudo e mudança mental. Há outros, ainda, que infelizmente têm de ser removidos para planetas mais atrasados e difíceis para a vida, solução benfeitora para esses irmãos enrijecidos no mal voltarem-se para os trilhos evolutivos.

Nas zonas abismais do Umbral Inferior, onde se encontram essas fortalezas da luz do Cristo mantidas por altas Entidades siderais envolvidas com as vibrações de Xangô, verdadeiros mestres cármicos, existem escolas de aprendizado corretivo. Os que ali permanecem, se preparam para reencarnar. Há ainda um número expressivo de espíritos de grande conhecimento da magia, mas de baixa moral, que se dispõem por livre vontade a atuarem como Exus ou executores das Leis Divinas, instrumentos de serventia para os Caboclos e Pretos-Velhos nas hastes umbandistas, como maneira justa de se reabilitar com as Leis Divinas e atenuar seus pesados débitos antes de reencarnarem

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Umbanda e explicação sobre o folclore sobre mediunismo umbandista.

Os Orixás são vibrações cósmicas reguladoras da manifestação dos espíritos na forma, por que há tanto folclore, imagens e Orixás se fazendo “ver” no mediunismo umbandista?

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Os homens se excederam no fetichismo e personificaram em demasia.

Os homens necessitam de apoios visíveis e que possam tocar em seus sentidos físicos para acreditarem e terem fé. Infelizmente, quando um “Ogum” rodopia na entrada de um terreiro com espada de São Jorge na mão, um “Xangô” cai ao chão em urros batendo com a cabeça ou “Oxossi” se personifica em um médium vestido de índio em espécie de transe anímico e folclórico, entristecemo-nos por todos esses exageros. Respeitamos a consciência e a necessidade espiritual de cada cidadão, mas não podemos estar de acordo com os disparates de alguns “umbandistas” que transformam as giras e os terreiros em verdadeiros espetáculos circenses em que as apoteoses chegam a ser mais importantes que qualquer outro trabalho de caridade. A discrição, a humildade e a simplicidade dos verdadeiros Guias e Protetores das vibrações dos Orixás da Umbanda Sagrada aceitam e respeitam as imagens que materializam a fé ausente, muito em decorrência do sincretismo religioso e pouco dos ensinamentos umbandistas, mas abominam os exageros em que alguns homens incorrem pela vaidade desmesurada que os move.

E o que são esses vários santos do catolicismo considerados Orixás?

Não são Orixás, pois esses “santos” são espíritos de homens, assim como os filhos, nada mais.

Muitos já reencarnaram e outros estão a dar consultas anonimamente em humildes casas de Umbanda ou a orientar, por intermédio da psicografia, em mesas kardecistas. Permanece o sincretismo como maneira de identificação do santo de fé para aqueles doentes da alma e desesperados que chegam às multidões nas portas dos terreiros e templos umbandistas, que ao se depararem com essas imagens se sentem carinhosamente acolhidos pelos “céus”. Além do mais, as imagens desses santos nos congás se tornam importantes pontos de catalisação para a magia astral pois ficam imantados de fluidos benfazejos, sendo instrumentos de recepção das emanações mentais de fé, adoração, respeito e amor espargidas e direcionadas pelos consulentes, servindo essas formas mentais para criação de egrégora elevada, fortalecendo a corrente mediúnica e a manifestação dos Pretos-Velhos e Caboclos.

Infelizmente, ainda pouco se estuda na Umbanda, sendo o conhecimento passado oralmente pelos mais antigos, hábito que manteve as tradições, mas que muito serviu para atender a interesses pessoais. A simplicidade com que se atende os consulentes e que se pratica a caridade nos terreiros pode conviver harmoniosamente com o conhecimento e o estudo continuado, sem añ-dalgar-se. O que não deve continuar ocorrendo neste novo milênio, nesta Era de Aquário, com a nossa amada Umbanda, são as mistificações encobertas pelas vaidades humanas. Colocar a responsabilidade nos Caboclos e Pretos-Velhos, nos Guias e Protetores, escondendo-se médiuns e chefes de terreiros na “inconsciência”, que cada vez é mais rara, só serve para denegrir a Umbanda e fortalecer a sintonia com as trevas.

Esoterismo umbandista

Exemplo da “dinamização” dos Orixás num determinado momento existencial e cármico.

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O próprio Movimento de Umbanda em sua atualidade é um bom exemplo do momento existencial e cármico.   A maioria das manifestações mediúnicas, visíveis aos olho dos filhos pela chamada mecânica de incorporação, se dá pelas falanges de Ogum e Xangô. Disso se conclui que a coletividade consciencial ligada ao mediunismo da Umbanda se rege ainda por esses dois Orixás em sua forma manifestada. Isso quer dizer que os filhos ainda estão enfrentando grandes demandas internas, e que estão em busca da justiça e do reequilíbrio cármico. Como em sua maioria os médiuns de Umbanda são ativos em relação à magia, ou seja, muito que se utilizaram de recursos magísticos em proveito próprio em existências passadas, agora se encontram no caminho do reajustamento cármico, tendo de fazer a caridade e propiciar a cura para muitos, maneira justa de reaverem o reequilíbrio com a Lei, situação que gera grande demanda com os parceiros de outrora, inimigos e desafetos de hoje, sejam encarnados ou desencarnados. Logo, as vibrações dos Orixás Ogum e Xangô ditam os “vetores” vibratórios que se destacam na maioria dos filhos envolvidos com a mediunidade no movimento umbandista tal situação, sob certo aspecto, demonstra o carma dessa nação, chamada Brasil, pela abrangência da Umbanda nessa pátria, que está de acordo com a própria formação racial e cultural de seu povo.

Diante da “complexidade” do tema ao espiritualista menos familiarizado com o esoterismo umbandista, vou comentar sobre o que efetivamente sejam os Orixás.

Tentarei ser o mais direta e simples possível, utilizando exemplos aos menos chegados ao esoterismo umbandista, facilitando o entendimento ao maior número de filhos. Existem planos vibratórios que estão paralelos em densidade e frequência, mas interpostos uns aos outros. Quando um recém-desencarnado que foi socorrido desperta em um hospital espiritual do Plano Astral, ele se encontra num entreposto transitório, intermediário entre duas dimensões de vida diferentes. Essas estruturas energéticas são “construídas” por seres espirituais de alta estirpe, que elaboram formas mentais e as plasmam com o pensamento no éter que a todos envolve. Desse hospital, passará para a dimensão correspondente ao seu nível energético e padrão vibracional do corpo astral. Há os que continuam perambulando no que os filhos denominam de Umbral que poderemos chamar de Astral inferior, uma região muito “pesada” e que reflete o estado íntimo de cada criatura que por ali se encontra. Tudo é exteriorizado das mentes afins, com formas de cavernas escuras, abismos intermináveis, favelas e cidades medievais perdidas no tempo. O que regula a manifestação de todos esses espíritos nas formas plasmadas, do físico ao plano dimensional mais rarefeito que os filhos possam conceber, são os Orixás, verdadeiras vibrações cósmicas provindas do hálito de Deus.

Quando um espírito elevado plasma com sua força mental um hospital no Astral essa formação energética se mantém indefinidamente pelas leis reguladoras dos Orixás. Os espíritos não precisam ficar o tempo todo mentalizando para manter a forma requerida. Assim é no Universo infinito, onde essas posições vibradas, ou Orixás, se fazem presentes em todos os planos em que a vida espiritual se viabiliza pela manifestação nas formas. Os Orixás não encarnam e são princípios vibratórios regentes no Cosmo.