Tamara Valentina

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Arquivo mensal: fevereiro 2015

Guias (Colares)

GUIAS BRAJA COLARES

As guias usadas pelos médiuns, para defesa ou para trabalhos são colares feitos de materiais facilmente imantáveis, condutores de correntes magnéticas, que neles ficam impregnados. Ajuda na inovação dos protetores, na concentração, na harmonia Vibratória, captando e emitindo bons fluidos, formando estes um círculo de Vibrações benéficas ao redor da pessoa que os usa.

Para tanto, as guias devem ser confeccionadas da matéria natural não artificial. Pode ser de pedras Comuns, semi-preciosas (quem puder), frutos, sementes, Cipós, Vidros, Cristais, Conchas, animais marítimos, etc., porém jamais plásticos, pois este não é substancia imantável, mas produto quimico inócuo. Cada linha, falange ou povo tem seu material natural apropriado que, principalmente são:

– Oxalá: cristal branco, ouro.

– Iemanjá: Conchas, búzios, plantas, prata e animais marítimos, Cristal azul.

– Ogum: bolinhas ou pedaços de ferro e aço, Cristal Vermelho.

– Oxossí: pedaços de cipó, galhos, frutos duros, sementes, etc., Colhidos na mata, dentes de anta, cristal Verde.

– Xangô: pedras e seixos de cor marrom de rios e pedreiras, cristal marrom

– Baianos: coquinhos, frutos e semente de plantas nordestinas.

– Preto-Velhos: lágrimas ou Contas de Nossa Senhora (Contas de rosários).

– Crianças: bolinhas e Coraçõezinhos de Vidro, metal, sementes, etc., cristal nas cores branca, rosa e azul.

– Exus: sementes denominadas “olho de cabra” e metais.

Quando o médium trabalhar com orixás (protetores) cruzados, isto é, com duas ou

mais linhas ou povos, também Cruzará (se quiser) as contas das guias, intercalando nas quantidades de 3, 7 ou 9.

Na hipótese de serem feitas com outro material (nunca plástico ou produtos químicos), Vidro por exemplo, as cores são:

Oxalá: branca

Nana Buruquê: roxa

Iemanjá: azul clara

Oxum: azul escuro

Xangô: marrom

Oxumaré: verde e amarela

Ogum: vermelha

Erê: rosa

Oxossi: verde

Exus: preta e vermelha (encruzilhada); preta e verde (mata),preta e roxa (cemitério)

Omulu e Preto-Velhos: branca e preto .

CONHEÇA MAIS SOBRE MEDIUNIDADE

Há médiuns trabalhando determinado tempo na seara umbandista que por desconhecimento do processo mediúnico, são descrentes da própria faculdade de se comunicarem com espíritos, muito embora sintam “algo estranho”, alegando não terem certeza de que estão realmente “tomados”pelo guia ou orixá (orixá aqui, no sentido de protetor) ou se são últimas de puro animismo.

 mediunidade

A mediunidade é um dom ou faculdade que a criatura possui para comunicar-se com o mundo dos espíritos. Através da mediunidade entramos em relação com os nossos guias protetores,

parentes mortos e pessoas falecidas, etc.

Ela pode ser de Vários tipos:

  • Incorporação: O médium Vai se desenvolvendo, deixando-se envolver pelo espírito até que se dá a incorporação, isto é, o guia parece tomar o lugar do médium e por ele fala, ouve e atua.
  • Vidência: O médium tem a capacidade de enxergar os espíritos.
  • Audição: O médium tem a capacidade de ouvir os espíritos.
  • Psicografia: O espírito manda mensagens escritas pela mão do médium
  • Materialização: O médium fornece um fluido nervoso invisível do qual os espíritos se utilizam para materializar-se a aparecer.
  • Efeitos Físicos, Psícocínésia ou Fiptología: na qual os espíritos provocam fenômenos físicos, tais como ruídos, pancadas em mesas, paredes, levantam as mesas, arremessam objetos, etc.
  • Intuição: O médium tem avisos de fatos que ainda estão para acontecer através de sonhos ou até mesmo acordados.

Animismo significa, em termos mais originais, manifestações da alma. Julgam ser eles próprios, “os cavalos”, agindo em lugar de protetor. Não creem, porque em certos casos ou em quase todos, recordam-se do que passam durante o transe. Explicando melhor, o médium desconfia não haver entidade alguma atuando nele, não obstante, procede de modo estranho, sem que saiba explicar o motivo. Aliás, Caso corriqueiro tanto na Umbanda, Candomblé, como no Cardecismo.

Em princípio quando o candidato a médium necessita de desenvolvimento e é colocado

na corrente, a entidade – Caboclo, preto-velho, marinheiro, etc.

Vai envolvendo-o com seus fluídos, procurando entrosaI-se e o duplo etérico do aluno para,

posteriormente, influenciar-lhe a rede nervosa cerebral processo geralmente lento, metódico, mas perceptível, até a completa e perfeita incorporação. No inicio, regra geral o médium observa certos movimentos, influências e impulsos contrários ao próprio comportamento normal mas de maneira um tanto superficial.

A razão disso é misturarem-se os pensamentos do guia com os do “cavalo” inclusive mesclando-se também as ações, temperamento, inclinações, conduta, gostos, trejeitos, etc.

Não devemos nos esquecer que existem médiuns que trazem a qualidade de “médiuns conscientes”; esses, com o passar do tempo, perderão sua consciência na hora do transe

ou incorporação.

Raras são as vezes que o médium se deixa incorporar corretamente pelo guia, permanecendo

inconsciente; se ao contrário isso ocorrer, é porque a mediunidade se desenvolveu despercebida e automaticamente, abafada, porém, por um motivo qualquer seja medo, descrença, falta de tempo. Como os guias não descuidam de seus tutelados, preparam-no de modo que a própria pessoa não percebe o processo mediúnico, embora lhes ocorram

fatos dolorosos e insólitos, que o impulsionam em busca de frutificação espiritual.

Tipos de transe mediúnicos:

  • Consciente: médiuns que sabem o que está ocorrendo no momento em que a entidade atua. Geralmente este tipo de transe acontece quando a pessoa está se desenvolvendo, razão de muitos não creem estar recebendo comunicação com as entidades.
  • Semi-consciente: tipo de transe mais comum entre os médiuns, onde parte da consciência é perdida. Ora escuta, ora não, ora enxerga, ora não.
  • Inconsciente: em que não se tem conhecimento do que acontece no momento do transe. Tipo de transe muito raro entre os médiuns. De mil médiuns um é totalmente inconsciente.

A mediunidade não é um prêmio que Deus dá a determinadas pessoas, mas um meio pelo qual

possam trabalhar em benefício de irmãos sofredores, problemáticos, ou portadores de mal psicológicos e, em consequência, de sí mesmos.

A mediunidade é para servir e não para ser servida. Quem dela faz instrumento para satisfação de seus interesses pessoais, sofrer-lhe-á as consequências futuras. Por isso o médium deve buscar seu aperfeiçoamento moral e o aprimoramento de sua cultura, para oferecer aos guias e protetores condições e ambiente em que possam trabalhar em prol do irmão aflito, eis que ambos necessitam de evolução. Tanto médiuns como espíritos-guias se irmanam na busca de ascensão espiritual, que lhes dê uma existência feliz no futuro.

SEXTO SENTIDO

Saiba ouvi-lo e aprenda com as mensagens que ele traz.

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Todo mundo tem algum tipo de intuição, porém algumas pessoas têm esse dom mais desenvolvido e é isso que chamamos de “sexto sentido”.  Assim como os outros sentidos – a visão, a audição, o olfato, o tato, o paladar – são importantes para perceber as coisas, esse

“algo a mais” pode iluminar a tomada de decisões fundamentais para a vida.

Autoconhecimento

Entender as orientações do sexto sentido depende da sua observação. Respeite as mensagens de seu coração, desde as coisas mais simples. Por exemplo, se seu corpo está cansado e pede para você parar uns instantes e relaxar, ouça-o. Isso fará com que se sinta revigorado(a) para, depois, fazer o que precisa. Assim, será mais fácil atrair boas energias, enxergar caminhos e compreender os passos importantes que precisa dar.

Faça o bem

Existem pessoas mais sensíveis, que são capazes de ajudar os outros a enxergarem com mais clareza os momentos que estão vivendo. Se você tem esse dom, não deixe de compartilhar com quem mais precisa. Por exemplo, se um amigo está angustiado e ansioso com algum problema, não conseguindo ver uma solução no meio do desespero, talvez você, ao compreender a situação por outro ângulo, possa passar a ele uma mensagem positiva. É claro que cabe a cada pessoa tomar suas próprias decisões, mas, se sua intuição estiver apontando para algo, seja uma luz na vida do amigo.

 

Pequenos sinais

Algumas atitudes do dia a dia ajudam você a aguçar a sua intuição e, assim desenvolver o seu sexto sentido.

Ao acordar pela manhã, pense numa cor. A primeira que vier à sua mente poderá inspirar o seu visual. Escolher uma peça de roupa ou acessório conforme seu estado de espírito é uma forma de estimular as mensagens da sua intuição. Procure identificar as pessoas que transmitem uma boa energia e aproxime- se delas. Evite a companhia de pessoas negativas, mas lhes deseje sempre o bem e ore por elas. Preste atenção em seus sonhos. Nem todos mostram o futuro, mas alguns revelam pensamentos inconscientes que o seu lado racional ainda não percebeu.

lnstinto de mãe

Certamente, você já ouviu falar muito em instinto materno. As mães, muitas vezes, realmente são capazes de sentir se um filho está com algum problema ou passando por uma situação difícil. Isso porque existe uma enorme conexão entre mãe e filho, ligados desde a gestação e por laços que se fortalecem no decorrer da vida. Às vezes, é claro, um sentimento não passa de preocupação. Por mais que os filhos cresçam, as mães sempre se importam com o bem-estar deles de uma maneira muito especial. Mas nunca é demais ouvir o conselho de uma mãe! Elas sabem o que dizem e amam seus filhos mais do que ninguém.

Como Nanã Ajudou na Criação do Homem

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Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho-de-palma, e nada. Foi então que Nana veio em seu socorro, apontou para o fundo do lago com seu ibiri, seu cetro e arma, e de lá retirou uma porção de lama.

Nana deu a porção de lama a Oxalá, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nana.

Oxalá criou o homem, o modelou no barro, com um sopro de Olorum ele caminhou, com a ajuda dos orixás povoou a terra. Mas tem um dia que o homem morre e seu corpo tem que retornar à terra, voltar à natureza de Nana Buruku.

Nana deu a matéria no começo, mas quer de volta no final tudo o que é seu.

BANHOS, BOAS VIBRAÇOES PARA CADA ORIXÁ

Liberte-se das energias ruins que atrapalham sua vida e abra as portas para a felicidade. Faça como as bruxas e os magos, que, há milênios utilizavam banhos mágicos preparados com ervas, frutas, flores e mel, atraindo assim, vibrações positivas.

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Como preparar o seu banho:

Coloque 2 litros de água para ferver.

Quando entrar em ebulição desligue o fogo e jogue dentro desta água a porção regida

pelo seu orixá.

Abafe por aproximadamente 5 minutos.

Misture com mais 2 litros de água fria e tome seu banho da cabeça para baixo.

OXOLUFÃ: rosa branca (paz e harmonia).

OGUN:  banho de arruda (proteção, bondade, calma e eliminação da negatividade).

OXUM E LUGUNEDE: um pêssego (feminilidade, vidência, intuição, conhecimento mágico e sensibilidade artística).

OMOLU: açúcar (eliminação de negatividade e vitória do bem sobre o mal.

NANA E 0SUMARE: violeta roxa (tranquilidade, transformação interior e alquimia).

IBEJI: mel (sucesso, riqueza e poder de atração).

XANG0: alecrim (estimulante combate memória fraca, saúde, sucesso, libera magoas e purifica a alma).

OXOGUIÃ: uma laranja (capacidade de liderança, poder de realização e auto conhecimento).

YEMENJÁ: flor do campo (afrodisíaco equilíbrio emocional e atrai amor).

INHANSÃ: canela em pó (desejo; estimulo a sexualidade e sucesso material).

OXOSSI E OSSANHE: pitanga (prosperidade, criatividade e imortalidade).

OBALUAE: manjericão (atrai dinheiro, saúde e desperta forças interiores).

Rituais para atrair sorte!

Divindades

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OXALÁ (OBÀTÁLÁ)

Esse deus é o mais velho e o mais poderoso dos orixás. É a divindade de criação. Oxalá é um orixá muito gentil e honesto. É por causa disso que a Íyá oIórisà (a mãe santa) de obatala sempre se veste com roupas brancas e cordões brancos. É sincretizado no Brasil com o Nosso Senhor do Bonfim.

ÓRÚNMÍLÀ E IFÁ

É o deus da adivinhação. O seu nome analise-se assim: órún-mo-ooIà TM(é a pessoa que sabe a riqueza) ou órun-mo-enití-o-maa-Ià (a pessoa que sabe quem vai ser rico). É um orixá que tem muito conhecimento das coisas. É um sabedor. O seu meio de adivinhação chama-se Ifá. Ifá tem um ‘opón’. Ifa é um sistema de adivinhação e uma das fontes das religiões tradicionais revelada por Orunmila. Tem também uma ‘ópélè’, que se faz das frutas de uma árvore chamada “agbigba” na África, são 16 frutas pequenas. Essas frutas servem de instrumentos de adivinhação. O sacerdote de Orunmila e de Ifa chama-se de Àràbá ou OIúawo. Com “opon” e “opeIe“, ele pode adivinhar o futuro de uma pessoa a pedido dessa. Em Ifa há 16 adivinhações diferentes que se Chamam ODU. Cada odu tem a sua canção que é um poema de 16 linhas.

OGUN

Ogun é o patrono dos guerreiros, dos agricultores. A divindade de ferro, Ogun é um deus muito respeitado e um deus temido. Os emblemas de Ogun são a foice, a espada, folhas de dendezeiro (màriwó). O animal de sacrifício é o cachorro, outras coisas são azeite de dendê, galinha, vinho de dendê, “obi” (cola) e inhame.

OMOLÚ

OmoIú ou Obaluaiê é uma divindade perigosa, também chamado Xapanã e Sapatá, deus de varíola e doenças, e o mais temido entre os orixás, na Bahia e na Nigéria; pode curar ou causar doenças. É sincretizado com São Lázaro ou São Roque e São Sebastião. Os adoradores oferecem-lhe pipocas, massa de milho branco, assado em folhas de bananeira. Sua saudação é atotó.

OXUMARÉ

Oxumaré é a divindade do arco-íris. É sincretizado com São Bartolomeu e as suas cores são branco e amarelo. Gosta de feijão com milho, acarajé, coco, mel, ovos, farinha de mandioca misturada com azeite-de-dendê e peixe seco. Seu dia é terça-feira. Sua saudação é:” ora, ora, eis Oxumaré”.  Se diz que é transportador de água entre o céu (orum) e a terra (aiê).

XANGÔ (SÀNGÓ)

Xangô é a divindade do trovão e do raio, orixá da casa real de Oyo na Nigéria, suas esposas são Oba, Oxum e Iansa. Seus emblemas são oxé, duplo machado em madeira ou metal. Seus ornamentos são um Na Bahia é sincretizado com Santa Bárbara, São Jerônimo, Santo Antônio, São João e São Pedro. Sua saudação é Kábíàsílà.

OXÓSSI

Oxossi é o outro nome de odé, o deus da caça. Ele é simbolizado por um arco e uma flecha, é sincretizado com São Jorge. Ele tem na mão direita o irukeré, (rabo de cavalo ou de boi). É sincretizado com São Sebastião, Santo Expedito, São Jorge, São Gabriel, São Miguel e com Corpus Christi.

IEMANJÁ

Iemanjá é considerada a rainha do mar na Nigéria e a deusa do rio Níger e ficou sendo a dona dos mares e oceanos. É considerada a mãe dos orixás (embora se trate do mito de criação recente) e é o orixá mais festejado no Brasil especialmente por sua importância no calendário ritual de umbanda. Sincretiza-se com muitas das qualidades de Nossa Senhora do Rosário, do Carmo, dos Navegantes, das Dores, da Piedade e da Conceição Aparecida.

OXUM

Oxum é a divindade da água, da fertilidade e das riquezas. Na Nigéria, é o orixá do rio Oxum, na região ioruba, particularmente na cidade de Osogbo. Ela é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, o seu emblema é o abebé – leque ritual em metal amarelo. Suas cores são amarelo, rosa e azul claro. Outras divindades iorubás adorados hoje que não descrevi são: orixá Ogiyán, Lógunéde, Erinlé, Oba Irókó, Dàdá, Ibeji e Abirün. Alguns cultos desses orixás estão desaparecendo pouco a pouco na Nigéria, como Nanã Búúkú, Lógunede e Osünmàrà, mas na Bahia são vivos. Como já vimos, cada orixá tem um dia particular para realizar sua festa. O sábado é o dia consagrado a Iemanjá e a oxúm. Mas, no domingo, há uma reunião de todos os orixás, que permite uma existência da harmonia entre todos eles na Bahia.

A CRENÇA DOS IORUBANOS – OLIDUNMARE, O DEUS SUPREMO

divindades

A história dos iorubanos mostra que sua origem é o Oriente Médio, de onde veio o seu progenitor – ODUDUWA – com muitas semelhanças com os judeus. Os iorubanos creem em um ser supremo chamado de OLÓDÚMARE, um Deus que pode ver o interior e o exterior das pessoas. É por causa disso que os babalaôs dizem que acima dos Orixás reina um Deus Supremo, Olodunmare, cuja etimologia é duvidosa.

É um Deus distante, inacessível e indiferente às preces e ao destino dos homens. Está fora do  alcance da compreensão humana, ele paira acima de todas as contingências de justiça e de moral. Ele criou os Orixás para governarem e supervisionarem o mundo, é, pois, a eles que os homens devem dirigir suas preces e oferendas.

Os iorubanos creem também que a morte não é o fim de um ser humano, que existe um Céu onde todo mundo se encontra depois da morte. Eles costumam dizer que “O mundo é um mercado, o Céu é o lar” (ayé ni ojà orun ni iIé).

É por causa disso que uma pessoa deve comportar-se bem nesse mundo nosso porque no céu a pessoa vai recolher o que plantou. O mundo é como uma viagem: O ser humano como um viajante no mundo é como uma pessoa em terras estrangeiras e a terra estrangeira nunca poderia se comparar com a própria casa. Os iorubanos creem também no destino (àyànmó): que todo mundo já escolheu o que fará no mundo antes de sair do paraíso (céu). E qualquer coisa que a pessoa seja no mundo já foi definida pelo seu destino, ela não tem que se apressar. Creem-se também na reencarnação. Quando o homem morrer, vai para o céu e, se ele foi uma pessoa direita, honesta, honrada quando viveu no mundo, vai  voltar para o mundo e pode voltar a nascer por um dos seus filhos. Assim que surgiram os nomes como: Babátúndé Babájídé (meu pai voltou), Yétúndé, Yewande (minha mãe voltou), etc.

Raízes e símbolos de cultos e culturas dos orixás.

Metropole

Para aqueles que entram em contato com o Yoruba pela primeira vez, talvez seja interessante saber que este idioma é originário da África Ocidental, de regiões que hoje fazem parte das República da Nigéria e do Benin, e uma língua milenar com relatos de muitos séculos de historia antes da chegada dos europeus a Capital do reino, Ile Ife. Ao lado do haussa, o Youruba é uma das mais importantes línguas da Nigéria. Sendo falado por aproximadamente por 25 milhões de pessoas naquele país e por milhões de descendentes de escravos africanos em países onde houve algum espaço para o culto Yoruba sobreviver, é como aqui no Brasil na forma conhecida como Nagô e em Cuba.

Além de antiga, a língua Yoruba é oral – tendo sido grafada no papel pela primeira vez, apenas no século XIX pelos etnólogos britânicos que chegavam à África para estudá-la – e tonal, sendo necessário “cantar” suas palavras corretamente para se expressar por meio dela. Tais características abrem um formidável campo de estudos e algumas dificuldades.

O fascinante de uma linguagem oral tão antiga são seus mecanismos para a transmissão de conhecimentos estruturados na forma de cantos, fórmulas e narrativas repetidas de uma geração para outra.

A IMPORTÂNCIA DE IFÁ

Quando nasce uma criança faz-se o jogo para saber o que ela traz consigo, e até seu nome é escolhido por Ifá, bem como sua comida.

a importancia de ifá

Se ao dormir alguém sonhar com algo que o incomoda, a maneira de tranquilizar-se é perguntar a Ifá.

Ifá não tem uma data fixa para suas festividades, ele mesmo escolhe seu dia.

Usa-se em suas oferendas mariwo, ratos, peixes, cabras, igbin (caracol), galinhas, inhames, obís, etc.

AGBIGBA ou ÒPÉLÉ

Na historia, Òpêlé era um dos mensageiros de Òrunmilà quando algo acontecia dentro da cidade. Fatos gerais que afetavam a todos, e às vezes as pessoas o procuravam antes de procurar Ifá e este falava através dele. Quando Olódùmarè foi embora da Terra, o deixou com uma das maneiras de consultá-lo, o Òpélê Ifá.

OBÌ

Algumas pessoas recorrem ao obí para consultar Ifá. A semente utilizada para tal deve possuir quatro panes, duas machos e duas fêmeas. Cada caída tem um significado, e quem sabe ver através deste, já obtém a resposta a cada jogada, como é feito no Ifá.

ILÈ – TERRA

É outra forma de adivinhação, porém pouco conhecida, mas é uma opção forte e real, pois é sobre a terra que se faz tudo na vida, é onde se constrói uma casa, assassina-se alguém, pratica-se a bondade e a maldade. Nada é feito no mundo que não seja sobre a terra.

O jogo de Ile parece-se com o de Ierosun – pó amarelo dedicado a Ifá – mas não é o mesmo, os produtos usados em outros Ifá podem ser os mesmos para este, porém ele não aceita sangue em seu ritual.

OLOKUN – BÚZIOS

No Brasil existem muitas pessoas que utilizam esse tipo de Ifá, é o chamado jogo de búzios. Na África a maioria das pessoas que jogam búzios são mulheres.

Em cidades como Osobo, Oyo, Ôgbomóso, existem muitos que praticam esse tipo de adivinhação, como também em Ijebu, Abeokuta, Òwò e Ekiti.

Este é um Ifá forte, pois em algumas regiões Olokun é esposa de Orunmilà (em outras é um Orixá masculino) e lhe são atribuídos os mesmos nomes que a ele.

WO-MI-PÉÉ

Este tipo de adivinhação só é utilizado por algumas pessoas que possuem uma força extraordinária, podendo ver o futuro e o passado do consulente. O sacerdote deste tipo de Ifá faz rituais nos próprios olhos, mas o problema é que ele não pode ter medo de nada, pois algumas entidades são vistas, não podendo o sacerdote temê-las.

Utiliza-se um espelho mágico

OLOKUN AWO

Este tipo de Ifá é feito dentro de uma louça branca e limpa e junto dele trabalha uma criança vestida com panos pretos, auxiliando o sacerdote.