Conheça História do Caboclo Rompe Mato.
24 de abril de 2017 06:07 / Deixe um comentário
Antes de qualquer coisa, gostaria de deixar esclarecido que o Caboclo Rompe Mato não é o mesmo que Ogum Rompe Mato, apesar de ser um Caboclo de Ogum, vindo a trabalho pela Falange de Ogum Rompe Mato, o Caboclo Rompe Mato está sobre a irradiação vibracional de Oxóssi, e por esse motivo traz as cores vermelho e verde, em suas guias ou algumas roupagens. Ele costuma se apresentar austero e bem rigoroso, contudo é muito amoroso e aconselhador.
Ele se apresenta em trabalho nos terreiros de Umbanda trazendo a paz, conselhos, boa conduta, saúde, tranquilidade, caridade a todos que buscam auxílio mediante ao merecimento de cada um.
A história que vamos relatar é do Caboclo Rompe Mato pela Caridade vindo na irradiação de Oxóssi dentro da Falange de Ogum Rompe Mato.
No final do século XVIII já entrando no século XIX, se criou uma lenda na região Norte do Brasil, na qual se acreditava entre os homens brancos que iniciavam o devastamento da floresta fechada, para cultivar grandes roças e também extrair das seringueiras o látex para a fabricação da borracha. Essa lenda se destinava a acreditar que espíritos da floresta levavam as crianças brancas adoentadas para o interior das matas, para que essas crianças tivessem a cura.
Tudo começou quando um pequeno índio bastante curioso começou a rondar as terras onde os brancos fixaram moradia para introduzir as grandes roças nas margens da floresta.
Com a chegada desses homens brancos, também chegaram as doenças, que logo se espalharam por entre os índios, dentre eles o pequeno índio curioso.
Seu corpo febril, sua pele ressecada, seus olhos inertes fizeram com que seu pai, o Cacique da tribo, ficasse em desespero, pois não entendia bem os fatos dos acontecimentos de seu pequeno filho.
Rapidamente o cacique levou o garoto a oca do poderoso Pajé, com esperanças de salvar a vida de seu menino.
Chegando nas mãos do Pajé, e ao observar os males passados pelo menino, o Pajé demonstrou uma grande preocupação, acreditando ser a moléstia um castigo dos deuses da floresta ao pequeno índio, por ele ter tido contato com homens brancos.
O Pajé pega o menino aos braços, e parte para o interior mais sombrio da floresta, onde poucas pessoas conheciam. Chegando lá, juntamente com o cacique, ele, o Pajé, se põe a fazer sua dança invocando as forças espirituais da floresta, para que assim tenha uma resposta sobre aqueles males, que na sua visão eram feitiçarias.
O cacique, bravo guerreiro, dominador dos perigos da floresta, grande e respeitado por todos os índios de sua tribo, não podendo fazer nada com sua força, no momento se sentia fraco, sua alma estava triste em ver seu menino ali, inerte. E em um ato de humildade, o cacique se pôs de joelhos, de braços abertos, olhar perdido, em busca de uma resposta dos céus.
Sua face, antes de um poderoso guerreiro, se transformava em um rosto abatido, entristecido. E de seus olhos brotaram lágrimas, lágrimas teimosas que sem pedir permissão rolavam em sua face, rolavam de acordo com a dor que o poderoso cacique tinha na alma e no coração.
Clamou desesperadamente aos deuses da floresta, clamou sem receio, sem orgulho, apenas demonstrando o desespero de um pai desconsolado, de um simples homem que sabia que estaria perdendo seu maior bem. Seu filho.
O Pajé se entranhou por entre as árvores, em mata fechada, em busca de ervas, raízes, folhas, para tentar reverter a condição do indiozinho.
E nesse instante o cacique apanha o filho no colo, afaga sua cabeça, chora copiosamente, lamenta a sua dor.
E nessa hora de grande desespero, o guerreiro cacique sente um leve toque em seu ombro. Acreditando ser o Pajé, olha para cima rapidamente, se surpreendendo com a visão.
De baixo para cima, o cacique contempla a imagem de um índio desconhecido. De olhos grandes e serenos, sua face jovial, seu sorriso amigo, trouxe certa sensação de paz ao cacique.
Sua voz era forte, porém mansa, que num tom de sabedoria disse a nosso pai desesperado:
“Filho, seu desespero, sua fé e seu amor paternal me trouxeram até aqui. Suas lágrimas verdadeiras me mostraram quanto amas seu filho, e esse grandioso amor não ficará sem uma resposta do céu. Sou Oxóssi meu reino é as matas, as mesmas matas que buscou abrigo para sanar todo mal de seu menino. Poderei lhe ajudar, poderei mostrar como curar seu curumim, porém você deverá mostrar a ele o bem, ensinar-lhe a fazer o bem, sem
escolher a quem fazer. Se ensinar-lhe de forma correta, esse menino será a luz da floresta escura, se não o ensinar de maneira correta, ele se perderá na escuridão e nos braços da morte eterna.”
Dizendo isso, a imagem de Oxóssi, estende a mão ao cacique, que deixa o corpo do menino sobre as folhagens estendidas ao chão. Levanta-se, e segue o Pai das Matas para o interior da mata. Lá o poderoso médico das florestas mostra algumas ervas e raízes que deverão serem levadas para fazer a maceração, e assim fazerem o remédio para a cura, não só do pequeno Curumim, mas de todos que passavam pelo mesmo mal.
O cacique fez tudo que fora ensinado por Oxóssi, e após fazer as compressas, chás, e banhos, o menino reage, seu estado febril não mais existe, seus olhos voltam a brilhar, sua vida de criança nasce novamente.
Com isso, quando menos se esperava o cacique se encontra só novamente, o Pai das Matas se foi, deixando apenas a sensação de paz em toda a floresta.
O Pajé retorna, se surpreende ao ver o curumim brincando pelas árvores gigantescas, e logo o cacique lhe conta o acontecido.
Os três retornam para a aldeia, com uma grande quantidade das ervas, raízes e tudo mais indicado pelo senhor da floresta, fazem todo o trabalho aprendido, e todos que estavam com os males dos brancos se recuperam.
O cacique faz o prometido, ensina cada passo da cura a seu filho, que presta atenção a cada detalhe, aprendendo todos os passos, e já fazendo todo o tratamento sozinho.
Os anos se passam, o curumim agora já é um belo e grande índio guerreiro. Ele que tem a responsabilidade de ir em buscas das ervas e raízes indicadas por Oxóssi, a cada necessidade. Como todas essas ervas ficavam no interior extremamente fechado das florestas e matas, o índio passou a ser conhecido como Rompe Mato, e assim se manteve em busca de cura, não só para aquela moléstia principal, mas para todas as moléstias que por ventura aparecessem.
GUARDIÃO DA MORTE – A HISTORIA DE OMOLU.
17 de abril de 2017 08:36 / Deixe um comentário
Entre os séculos XI e XII o mundo passava por uma guerra santa, e a igreja para garantir o caminho dos peregrinos à terra santa mantinha relação de amizade com os cruzados, que no inicio não tinham ligação direta coma igreja.
Porem o poder e o prestígio de alguns cavaleiros trouxe incomodo ao poder da igreja e eles foram considerados hereges e perseguidos.
Entre os homens envolvidos na defesa da fé cristã estava Jaques Denordie, um homem pobre, mas que acreditava na luta por Cristo.
Jaques lutava ao lado de um poderoso Cavaleiro da ordem, e com o tempo conquistou o prestigio e o respeito de seu comandante, vindo a ocupar lugar de destaque entre os seus correligionários.
Após uma das batalhas em retorno a França, ele é sagrado Cavaleiro da Ordem de Jesus, conquistando assim o direito a ficar de propriedade de tudo que fosse saqueado (os saques eram sempre divididos entre os Cavaleiros).
Em dois anos sir Jaques fez uma pequena fortuna, e sua mulher e filhos estavam muito bem vivendo na França; porem o poder dos homens estava superando o poder da igreja e os Cavaleiros foram considerados hereges e começou a caça e condenações por heresia.
Como Sir Jaques estava em campanha, sua família foi torturada para dizer onde ele estava, pois acreditavam que ele estava escondido na França.
Após ficar sabendo das noticias que sua esposa havia sido torturada até a morte e que seu filho estava em poder da igreja, Jaques jurou destruir a igreja e tudo que ela representa.
Na volta a França era preciso se manter escondido e não tinha melhor lugar que se esconder no cemitério da cidade, que ficava dentro das terras da igreja. Durante o dia ficava escondido entre as sepulturas e a noite saia para saber noticias de seu filho e tentar resgatá-lo.
Foi numa destas investidas que conheceu um grupo de rebeldes que não aceitavam a dominação por parte do Rei e da Igreja. Por ser um Cavaleiro teve destaque por ter lutado ao lado da igreja e saber do modo com que a igreja agia.
Passou a repensar em tudo que tinha feito em suas campanhas e se revoltou, pois considerou ter sido usado por uma fé que descriminava a tudo e a todos que não seguissem suas ordens.
A revolta ficou maior quando soube que seu filho tinha sido levado para uma cruzada que depois ficou conhecida como a Cruzada das Crianças ou Cruzada dos Inocentes (onde a maior parte das crianças morreu no caminho de frio e fome).
Obs: Esta cruzada foi apoiada por mercenários que vendiam as crianças engajadas na luta.
Jaques organiza uma grande investida contra o poder da igreja e se reúne a lideres rebeldes para destronar o rei e destituir o poder da igreja.
A rebelião é mal sucedida e os rebeldes se refugiam no cemitério.
Seus lideres são mortos porem Jaques não chega a ser preso, pois entra em uma sepultura onde pretende se esconder, porem o movimento de cavalos e homens dentro do cemitério é grande e uma lapide cai sobre Jaques que morre já dentro da sepultura.
Recebido no lado espiritual e levado a conhecer a verdade sobre a vida e por ter morado no cemitério durante 3 anos, lhe é dado esta terra como morada definitiva, por lutar contra injustiças fica com privilegio de lutar ao lado da morte e decidir quem entra ou sai do cemitério morto (vivos pedem autorização a Exu caveira).
Exu Omulu é o Exus que tem o titulo de Cavaleiro da Morte por ter sido um Cavaleiro Templário Durante as Cruzadas, um de seus seguidores é conhecido como Lorde da Morte, este embora tenha lutado nas Cruzadas tem uma segunda chance e retorna para o resgate de suas dividas antes de ficar no mundo espiritual e torna-se um conde.
-Esta historia foi relatada pelo Exu Destranca Rua, juntamente com Exu João Caveira separadamente um do outro e a historia foi dita da mesma forma varias vezes.
Aprenda sobre a Linha dos Baianos!
10 de abril de 2017 06:33 / Deixe um comentário
Baianos é uma linha de trabalhadores de Umbanda pertencentes à chamada Linha das Almas, a mesma dos Preto-Velhos / Preto-Velhas. Suas giras são encontradas, sobretudo em São Paulo. A correspondência no Rio de Janeiro é com a linha dos Malandros, cujo maior representante é Zé Pelintra.
Sempre com sua coco (mistura de cachaça e mel colocada dentro de um coco), a linha baiana está sempre disposta a ajudar os filhos de fé com seus conselhos e sua proteção. Esta linha costuma trabalhar cruzada (na direita e na esquerda), não incorporando geralmente nos trabalhos de esquerda (exceto Zé Pelintra), mas tendo a sua permissão para atuar na Quimbanda no plano espiritual.
Os Baianos são a alegria da Umbanda, não há quem não goste desta gira e desta linha, pois são as entidades que mais se assemelham conosco encarnados, pois são espíritos que sofreram as amarguras da fome, e do calor do sertão.
Os espíritos desta linha são brincalhões, divertidos, mas perigosos, pois como eles mesmos dizem o veneno do baiano não mata, mas pode deixar sofrendo, pois são os cumpridores da lei de Exu.
Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente, formada por espíritos zombeteiros e mistificadores.
Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma exemplar. Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número de baianos que está assumindo coroas em várias casas.
A alegria que essa gira nos traz é contagiante. Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem soube aproveitar as lições recebidas.
Atualmente já temos o conhecimento de que fazem parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético, ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais. Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que se torne necessário.
Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos resultados surpreendentes. Os que não admitem essa linha como vertente umbandista defendem sua posição criticando o nome que esses espíritos escolheram para seu trabalho. Já ouvi coisas do tipo “Daqui a pouco teremos linhas de cariocas, sergipanos, etc.” Esquecem eles que a Bahia foi escolhida por ser o celeiro dos orixás.
Quando se fala nesse estado, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espíritos agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades.
É evidente que no inicio a Umbanda era formada por legiões de caboclos, preto-velhos e crianças, mas a evolução natural acontecida nestes anos todos fez com que novas formas de trabalho e apresentação fossem criadas. Se a terra passa por constantes mutações porque esperar que o astral seja imutável? O que menos interessa em nosso momento religioso são essas picuinhas criadas por quem na verdade, não defende a Umbanda, quer apenas criar pontos polêmicos desmerecendo aqueles que praticam a religião como se deve, dentro dos terreiros, onde abraçamos a todos os amigos espirituais da forma como se apresentam.
Salve o Senhor do Bonfim, Salve Grande Cruzeiro da Bahia.
Meu Pai.
Salve toda a Baianada,
Salve seu Zé do Cocô
Pontos do baiano
Baiano é um povo bom
Povo trabalhador
Baiano é um povo bom
Povo trabalhador
Quem mexe com baiano
Mexe com Nosso Senhor
Quem mexe com baiano
Mexe com Nosso Senhor
Zé do Cocô.
Baiano tá bebo não, baiano tá bebo não
Baiano tá bebo não, baiano tá bebo não
Trás o copo que a caneca ta furada,
Baiano não bebeu nada
Ponto de Baiana.
Baiana da saia rendada seu tabuleiro tem axé.
A baiana ta requebrando, oi como dança no candomblé.
ò Bahia, Bahia de Nosso Senhor do Bonfim,
ò Bahia peça a Oxalá por Mim,
Baiana da saia rendada seu tabuleiro tem axé.
A baiana ta requebrando, oi como dança no candomblé.
Iansã Orixá – Filhos de Iansã / Oyá
3 de abril de 2017 05:29 / Deixe um comentário
Orixá IANSA
Dia: Quarta-feira
Cores: Marrom, Vermelho e Rosa
Símbolos: Espada e Eruexin
Elementos: Ar em movimento, qualquer tipo de vento, Fogo.
Domínios: Tempestades, Ventanias, Raios, Morte
Saudação: Epahei!
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove Orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).
Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.
Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiante na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as atividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.
O fato de estar relacionada com funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atração que sente pelo sexo oposto. Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá.
Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.
Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.
Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.
Características dos filhos de Iansã / Oyá
Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.
São pessoas atiradas, extrovertidas e diretas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.
Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.
Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.
O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.
Orikí de Oyá. Eèpàrìpàà! Odò ìyá!
“ORI O! ORI OYA,
MO GBE DE. OYA MESAN, MESAN, MESAN.
OYA ORIRI, O, O, O.
OYA MESAN,
A JI LODA ORISA.
ORI O
ORI OL’ OYA,
MO GBE DE.
ORI MI!
ORI OYA , MO GBE DE.”
“O ORI do iniciado,
O ORI daquele que é iniciado em OYA está aqui.
OYA , que se desdobra em nove partes.
OYA , a grande mulher, charmosa e elegante.
OYA , que se desdobra em nove partes.
ORISA que usa a espada ao acordar.
O ORI do iniciado,
O ORI daquele que é iniciado em OYA está aqui.
Meu ORI.
O ORI daquele que é iniciado em OYA está aqui.”