Aprenda diferenças entre médium ESPÍRITA e de UMBANDA!
31 de julho de 2017 07:57 / Deixe um comentário
No tocante ao espiritismo, a diferença básica, sem dúvida, é a ausência de ritual nos centros espíritas, os quais estão presentes na umbanda em abundância, e até de maneira anárquica e diversificada, ao contrário da rígida padronização existente no movimento espírita ortodoxo.
Entendemos que as semelhanças se dão quanto ao apelo caritativo, à mediunidade, à aceitação da reencarnação e da pluralidade dos mundos habitados, entre outras verdades universais. Entretanto, a maior semelhança entre ambas é a presença de Jesus, que na umbanda é sincretizado com o orixá Oxalá. Por isso, ao anunciar a nova religião, o Caboclo das Sete Encruzilhadas associou-a ao Evangelho. A umbanda resgata o consolador crístico, assim como Jesus fez em Suas andanças terrenas, e não imputa aos seus prosélitos que “fora de sua seara não há salvação”.
O MÉDIUM UMBANDISTA trabalha com desmanche de pesados fluidos do Astral inferior, desintegra campos de força magnéticos sustentados pelos despachos feitos com sangue e animais sacrificados, e serve de escudo fluídico para energias jogadas contra consulentes que procuram os terreiros.
O MÉDIUM ESPIRITA geralmente não trabalha com isso. A verdade é que, em determinados momentos do calendário de atividades anuais caritativas, o medianeiro da umbanda começa a sentir fraqueza generalizada, acompanhada de dor de cabeça, indisposição e desgaste geral. Além da re-energização regular junto à mata, cachoeira e mar, associada ao amaci, deverá tomar os banhos de ervas do pescoço para baixo, fortalecendo os seus chacras com plantas afins com os seus orixás regentes e guias em preceitos de fixação, consagração, proteção e descarga vibratória, para harmonizar o complexo fluídico (corpos e chacras).
Ao observarmos o Universo, o macrocosmo e o microcosmo que nos cercam, constatamos que nada é igual, e que Deus, o Pai-Mãe, Olurum, Zambi, Jeová, o Grande Incriado, o Único Eterno, ou como queiramos denominar o Criador, não fez Suas criações todas iguais. Não somos robôs com a mesma programação existencial, pois a diversidade é inerente às almas. Assim sendo, a umbanda nos educa a conviver com essas diferenças, sem o ranço religioso que trazemos em nossos inconscientes milenares, ancorado na disposição psíquica de impor igualdades ao outro.
Na verdade, os terreiros são como escolas que nos instruem a aceitar a diversidade ritual com harmonia, numa fraternidade que faz conviver pacificamente com as desigualdades. É impensável uma entidade militante no movimento umbandista exigir que se deva entrar nesta ou naquela religião, culto, igreja ou filosofia, pois sempre parte da aceitação da fé do consulente, e, a partir daí, o direciona para o amor universal que se esparge em todas as formas de religiosidade existentes na Terra, levando-o a despertar o sentimento crístico de dentro para fora.
Portanto, as formas externas em que se amparam nossa religiosidade no meio terreno nada mais são que escolas psicológicas transitórias, cuja finalidade é melhorar nossa compreensão do Divino, de nossa centelha espiritual, e ensinar a nos relacionarmos de maneira mais profícua com o Sagrado, expandindo nossa consciência no sentido de que fazemos parte de uma gigantesca colcha de retalhos que está pacientemente sendo costurada para nossa reintegração cósmica. Interiorizamos a umbanda no momento em que nossos espíritos vibram integralmente no amor incondicional, e passamos a não impor que “fora de nossa religião, fé ou igreja não há salvação”. Assim como os galhos das árvores são de todos os pássaros, as diferenças ritualísticas na umbanda se moldam à diversidade de consciências existentes e contribuem para a evolução coletiva, qual luz solar que clareia todos os telhados.
PROPRIEDADES MÁGICAS DE ALGUMAS PLANTAS!
24 de julho de 2017 07:46 / Deixe um comentário
Alecrim do mato ou de caboclo: banhos, amacis , banho de cabeça , lavagem de contas, e defumações pessoais e de ambientes, pois afugenta os Eguns.
Alecrim — Idênticas propriedades da Alfazema.
Alfazema (lavanda ou erva de Yemanjá) — Protege contra as influências nocivas, limpando pessoas e ambientes.
Alho — Afugenta os maus espíritos.
Anis Estrelado– Planta de Oxalá. Seu banho serve nos casos amorosos, e como defumação aliada a outros componentes para abrir os caminhos amorosos e propiciar boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo.
Arruda- Afugenta os maus espíritos, protege contra magia negra destruindo larvas astrais.
Arnica – afasta a negatividade
Aroeira– Ligada aos Orixás Exu, Ogum e Logun-Éde. O banho forte serve para descarregar energias negativas e lavar instrumentos e altares, visando sua purificação das larvas astrais.
Bambu -Usado em defumações e banhos contra perseguições de obsessores.
Boldo (tapete de Oxalá). É erva destinada a banhos de defesa, purificação, energização e lustral. Usam-se praticamente em todos os amacis, banhos e limpeza de ambientes.
Canela– atrativo para amor, finanças, saúde e prosperidade. Abre caminhos.
Cravo– atrativo, banho, nos favorece ao fazer uma entrevista, procurar um emprego, encontrar alguém que amamos, deixar a aura com uma vibração positiva.
Canela e cravo– Em forma de pó, unidos formam um excelente atrativo financeiro para assoprarmos em um ambiente que queremos favorecer.
Cravo-da-Índia — Quando mastigado ou em defumações e banhos, auxilia e aumenta o magnetismo das pessoas ou da corrente magnética.
Fedegoso Crista-de-galo – Esta erva é utilizada em banhos fortes, de descarrego, pois é eficaz na destruição de Eguns e causadores de enfermidades e doenças. Seus galhos envolvem os ebó de defesa.
Comigo-Ninguém-Pode– Excelente destruidor nocivo de miasmas psíquicos. Protege pessoas e ambientes destruindo a força dos obsessores e perseguições espirituais ou de inimigos ocultos.
Espada-de-São-Jorge (Ogum) — Afugenta os maus espíritos, protege contra a magia negra, absorve fluidos nocivos e cargas negativas de pessoas e ambientes aos quais protege com grande eficácia.
Espada-de-Santa-Bárbara (Iansã)- idem espada são Jorge. Observe que a espada de Iansã tem as bordas amarelas
Erva-Cidreira – Vide Melissa. Auxilia o desenvolvimento mediúnico aumentando a intuição.
Fumo — Destrói fluidos nocivos e cargas negativas.
Girassol– Excelente condensador fluídico, gozando de idênticas propriedades do Cravo-da-Índia além de auxiliar os processos adivinhatórios.
Eucalipto– É usada para boas energias e boas vibrações do médium, fazendo uma limpeza em sua aura e corpo físico, para que se restabeleça o equilíbrio energético. Usada também para defumação, serve para a sucção de larvas atrais negativas que ficam no ambiente durante os trabalhos espirituais.
Guiné-Caboclo — Excelente absorvente de miasmas psíquicos de pessoas e ambientes aos quais protege com suma eficácia, afugenta obsessores, destrói larvas astrais, dá proteção a quem o utiliza sob qualquer modalidade e necessidade.
Hortelã-pimenta – banho, anula negatividade de maus fluídos.
Incenso — Destruidor de larvas astrais tornando pessoas e ambientes psiquicamente limpos, predispondo a uma boa concentração e ajuda eficaz do Plano Espiritual Superior
Lágrima de Nossa Senhora– Ligada aos Orixás Ossain e Yemanjá. As folhas com as sementes são usadas para banhar os olhos propiciando o desenvolvimento da clarividência. A aplicação é feita pela manhã e o banho dos olhos deve ficar durante a noite exposto ao sereno, retirando-se antes do Sol nascer.
Louro — Auxilia os processos adivinhatórios, atrai fartura.
Mangueira- (folhas são de Ogum e de Exu). Seu banho fortalece, purifica a aura e tira os feitiços e mal olhados, abrindo os caminhos. Pode ser usada em conjunto com a guiné e o alecrim; é um banho forte para o ser humano. Suas folhas podem ser usadas para “bater” nas paredes como o bambu ou serem espalhadas pelo chão, e deixadas por algumas horas para retirar as más vibrações.
Manjericão – Afugenta obsessores, destrói larvas astrais, dá proteção a quem o utiliza sob qualquer modalidade.
Melão-de-São-Caetano — Excelente afugentador de obsessores.
Melissa — Auxilia o desenvolvimento mediúnico aumentando a intuição.
Pata de vaca –(Iemanjá) – banho de descarrego.
Pimenteira: esta planta combate as energias pesadas e ariscas. É uma planta de vibração estimulante, afrodisíaca, tonificante e atrai boas energias para o amor.
Pitangueira — Idênticas propriedades do Incenso e do Guiné Caboclo.
Pinhão — Destrói trabalhos de magia negra e enfraquece o poder maléfico dos quimbandeiros.
Pinhão Branco – banho, quebra demanda, olho gordo, feitiçaria, (Exu).
Pinhão roxo– (Exu) idem pinhão branco. Os galhos para limpeza de casa.
Romã – banho de descarga, (Obaluaê ou Iansã ? )
Rosa Branca (Oxalá)- mediunidade (coroa).
Sálvia– defumações – purificação e iluminação espiritual para o ambiente e pessoas presentes. Banhos- equilíbrio, discernimento e sabedoria.
Terreiros de umbanda sofreram ataques!
17 de julho de 2017 07:37 / Deixe um comentário
Os terreiros de umbanda localizados em Teresina estão sofrendo uma série de ataques. Nos últimos 30 dias, quatro casas foram alvos de vandalismo e de injúria e difamação. O episódio mais recente aconteceu na madrugada desta sexta-feira (7 de julho) no bairro São Pedro, zona Sul da capital.
O terreiro de Santa Luzia Oxum de Apará teve imagens da família de Léguas da religião quebradas. “Uma pessoa passou do lado de fora do terreiro, colocou uma ripa de madeira na grade da janela do terreiro e quebrou, pelo menos, 5 imagens. Acordamos com o barulho e, quando fomos ver, a pessoa já tinha fugido”, conta o pai de santo da casa, Pai Eudes de Apará.
Esta foi a segunda vez, só nesta semana, que o terreiro de Santa Luzia Oxum foi alvo de vandalismo. Na madrugada de terça-feira (4 de julho) uma pessoa teria tentado provocar um incêndio na casa religiosa. O fogo atingiu as cortinas do contro religioso e foi controlado rapidamente.
“Um vizinho acordou gritando, já tinha uma labareda enorme e joguei água. Se o vizinho não tivesse visto, a casa inteira tinha queimado”, relata o pai Eudes. Os dois casos foram denunciados no 3º Distrito Policial.
O pai de santo acredita que os atos de vandalismo foram provocados pela intolerância religiosa. “São pessoas que possuem raiva da religião”, acredita. Os outros casos de ataques a terreiros aconteceram em um terreiro localizado na zona Sudeste, da Mãe Ester de Iansã. Lá, foram quebradas imagens de divindades, uma porta de vidro e também foi violado um espaço chamado de ‘quarto sagrado’, usado para práticas religiosas.
O pai Tony de Iemanjá, de um terreiro da zona Sudeste, foi vítima de injúria e difamação nos últimos dias, tendo imagens suas divulgadas em redes sociais, onde foi acusado de ser “matador de crianças”.
Os casos são citados ao Cidadeverde.com pelo Vice- Coordenador Nacional do CENARAB – Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro Brasileira – Pai Rondin. Ele reforça que os episódios são de intolerância religiosa.
“Isto é muito grave. Nos últimos cinco anos esses ataques eram raros de acontecer. Agora, em 1 mês, foram quatro casas atacadas”, ressalta o pai de santo.
Por conta dos episódios, os terreiros de Umbanda localizados em Teresina estão se organizando para lançarem, em agosto, uma campanha de combate à intolerância religiosa. A mobilização será feita através de outdoors, espalhados em pontos estratégicos da capital. O grupo está arrecadando fundos para confeccionar os materias de divulgação e ajudas financeiras podem ser depositadas na conta do Banco Bradesco Agencia: 02968 Conta Poupança: 1007439-8
O pai Rondin destaca que o Brasil é um país culturalmente diverso e que o Estado precisa estar presente para garantir o respeito a essa diversidade, sobretudo, no que tange às religiões de matriz africana.
“A nossa Constituição prevê o respeito às diversidades, somos um País plural, com muitas demandas. Nesse contexto, é fundamental o respeito às religiosidades, aos cultos de matrizes africanas, que têm um histórico de muita perseguição. Precisamos trazer a tolerância e a respeitabilidade para dentro da sociedade e permitir que cada um tenha sua fé. Não queremos que nos aceitem e, sim, que nos respeitem”, declara o pai de Santo.
Aprenda FLORES E FRUTAS DOS ORIXÁS: Apenas alguns exemplos mais comuns!
10 de julho de 2017 07:53 / Deixe um comentário
Abaixo uma lista das flores mais comuns e que podem ser entregues em oferendas e também ser utilizadas em banhos específicos de cada orixá.
Os banhos com flores são chamados de banhos de proteção e não devem ser fervidas, apenas as pétalas são colocadas em um recipiente e a água fervente é despejada por sobre elas. Toma-se do pescoço para baixo quando atingir a temperatura ambiente. As pétalas restantes são recolhidas e atiradas na terra para que retornem ao seu ambiente natural. Recomenda-se acender uma vela para o orixá antes do ritual e os pedidos são feitos enquanto a água escorre pelo corpo.
Oxalá – Lírio branco, copo de leite, Girassol, Angélica e flores brancas em geral.
Oxóssi – Antúrio, Samambaia, folhagens e flores em geral.
Oxum – Rosas amarelas, Rosas Cor de Rosa, Lírios em geral.
Iemanjá – Rosas brancas, Margaridas, Palmas brancas, Angélica.
Iansã – Rosas champanhe, Gérbera coral, Crisântemos amarelos e todas as flores amarelas.
Xangô – Cravos rajados, Monsenhor amarelo, Espirradeira.
Ogum – Cravos vermelhos, Palmas vermelhas e Palmas brancas, Crista-de-galo, Açucena rajada.
Nanã – Verbena, Flores do campo, Dálias, Manacá, Crisântemos.
Ibeji – Onze horas.
Obaluaiê – Cravos brancos, Crisântemos bran¬co, Quaresmeira, Agapanto roxo
• FRUTAS DOS ORIXÁS: alguns exemplos que podem ter diferenças entre as casas
OXALÁ: polpa de côco, pêssego branco, nozes, castanhas e amêndoas, melão branco espanhol (partilha com Oxum).
OGUM: marmelo, laranja, limão.
XANGÔ: morango, caqui, cacau, mamão, goiaba.
EXU: amora, manga, laranja azeda, caju, jaca, pomelo.
IANSÃ: maça vermelha, tangerina, laranja-bahia, uva rosa, pitanga, cereja.
OXOSSI: batia, nêspera ( ameixa branca), côco, frutinhas do mato ( pequi,etc).
OXUM: pêssego amarelo, maça verde, melão amarelo, damasco, Nêspera, bergamota poukan.
OMULU/ABALUAIÊ: maracujá, uva preta, jabuticaba, figo preto, cereja preta.
YEMANJÁ: melancia, uvas brancas, uva Juliana, pêra.
Aprenda uma lenda sobre as OFERENDAS!
3 de julho de 2017 07:01 / Deixe um comentário
– Venha filho, vamos caminhar.
Assim anunciou o velho Pajé, balançando um maracá, quando me dei por conta estava em meio a uma clareira em plena mata virgem, árvores frondosas e maravilhosas raramente vistas no plano físico da vida. Ele me conduziu para uma estreita trilha.
– Filho vamos para uma experiência importante, é necessário que não dê tanta importância a beleza do lugar, mas sim apure seus sentidos, visão, olfato, tato, paladar e serenidade. Perceba a textura do chão no seu pé, a leveza das folhas em suas mãos, o cheiro de ervas no ar e a brisa fresca a acarinhar sua face.
– Posso sentir o gosto de seiva na boca Pajé.
– Sinal que já está próximo do que quero filho. Respire fundo e feche os olhos.
– Pajé, posso enxergar com olhos fechados! – exclamei emocionado.
– O que vê filho?
– Vejo troncos de luz, silfos, salamandras, folhas irradiantes…
– Lentamente abra os olhos.
– Sim…
– Continua vendo?
– Nitidamente Pajé…
– O que vê filho é a vida neste reino natural, tão mal percebida pelos encarnados e infelizmente entre os próprios fiéis do culto á natureza.
– Umbanda?
– Sim.
– Apure sua visão e perceba que é possível ver a seiva circular dentro das arvores, escutar o coração bater no peito dos pássaros e experienciar a presença dos entes invisíveis ao olho material, que são eles, os duendes, gnomos, fadas, silfos, ninfas e tanto mais.
– Quanta beleza Pajé!
– Quanta vida filho, quanta vida!
– Sim, pulsante…
– Agora me acompanhe.
Nos dirigimos a outra clareira, lá tinha muitas pessoas, vestidas de branco, colares, atabaque e muitas frutas, logo notei que se tratava de um terreiro pronto a iniciar uma atividade, curioso fiquei a observar atentamente, encantado com o toque harmônico da curimba e os raios de luz que espargiam no ambiente em direção dos presentes a cada batida das mãos no couro. Alguns outros se organizavam para no meio da roda depositar as oferendas, muitas frutas, velas, incensos, bebidas. Conseguia visualizar a luminosidade aurica de cada um, em cores e tons dos mais variadas.
– Filho, este grupo de cultuadores da natureza divina, está realizando um culto de exaltação ao senhor das matas…
– Pai Oxossi!
– Sim, e para tanto é comum postar oferendas em seu louvor, na Umbanda recorremos ao uso da natureza, como frutas, pedras, bebidas, incenso etc. Dispensando qualquer uso de imolação de animais.
– Sei Pajé, compreendo e tenho pra mim que é o correto, somente que muitos que cruzam o culto de umbanda com o africano recorrem á praticas da imolação…
– Sim filho, porém não vamos acessar este assunto no momento, vamos nos ater a esta liturgia de hoje e colher as impressões pertinentes.
– Sim Senhor.
Ele calado sacudia seu maracá e eu observando tudo, vi que as frutas emitiam luzes e quando cortadas era como que se abrisse uma caixa de luz, que de dentro um clarão escapava e por alguns minutos ficavam ali a iluminar e criando um campo de luz e energia indescritível. Quando a curimba acelerou o toque vi um portal se abrir na frente da oferenda e dele dezenas de caboclos, caboclas e encantados saíram, abraçaram todos os presentes, dançavam e cantavam. Realmente era uma festa, uma exaltação e finalmente entoam o ponto.
…As matas estavam escuras…e um anjo a iluminou…e no centro da mata virgem…foi Oxósse quem chegou…mas ele é o rei ele é o rei ele é o rei…
As folhas no chão começaram a voar e as entidades presentes em reverência batiam a cabeça ao chão, quando como que uma explosão e uma luz cegante se fez presente um emissário do Sr. Oxossi, sua luz verde era intensa que não pude me manter com a cabeça levantada, os caboclos ajoelhados bradavam em reverência e louvor, do lado físico alguns médiuns entravam em transe energético e a curimba acelerava o toque, poucos segundos passados novamente a explosão e Oxossi se recolheu.
Na oferenda a luz era mais intensa.
Com os médiuns em oração e ajoelhados, as entidades estendiam as mãos em direção a oferenda e o inusitado acontecia. Dos elementos saiam uma substância esverdeada parecido com uma massa elástica que eles moldavam e iam aplicando nos fiéis presentes, rapidamente era absorvido pelos chakras e a luminosidade do corpo aurico deles era modificado, sutilizava e irradiava mais. Por alguns minutos este procedimento ocorreu e as entidades se recolheram para o portal mencionado.
– Viu filho, nenhuma entidade comeu as frutas.
– Mas eles não precisam comer para ficar tratado?
– Não filho, compreenda que somos de uma dimensão bem mais sutil que a de vocês e se nos aventurássemos a ingerir o prâna dos vegetais do plano físico nos traria grande desarranjo energético, quando precisamos nos “alimentar” encontramos o mesmo em nossa esfera e não na de vocês.
– Entendo…
– Entenda também que fora a liturgia religiosa, a necessidade de oferendas são para vocês mesmos que quando encarnaram perderam a capacidade de extrair o prana da natureza e recorrem a esta prática para que nós os mentores os auxilie na extração e aplicação do prana em vocês mesmos.
– Para que?
– A fim de sutilizar vossas energizar, equilibrar os chakras, curar doenças e muito mais. Também guardamos para os médiuns usarem nos atendimentos.
– Pajé de onde tiram tantas teorias que só ajudam a complicar a compreensão?
– Talvez das observações limitadas ao próprio conhecimento, ruim é quando saem do bom senso e fundamentam suas teorias no absurdo.
– Podemos fazer sempre oferendas?
– Sim, quando e onde bem entender e lá um de nós estaremos a auxiliar na extração do prana.
– Incrível.
– Agora vamos filho, logo em breve retomamos esta prosa para aprofundamentos práticos, aproveite e vamos ensinar estas práticas…
Acordei após estas palavras, poderia ser um sonho…quero como uma revelação…
Saravá!