Tamara Valentina

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Arquivo mensal: março 2015

Banho de ritual e de iniciados/ lavagem de cabeça

terça- lavagem d cabeça

O Amanci é um liquido preparado com o suco de  diversas plantas, não cozidas, e que tem muita aplicação na firmeza de cabeça dos médiuns. O principal banho para o ritual da “lavagem de cabeça”.

A lavagem de cabeça é feita derramando-se o Amací (banho preparado especialmente para essa cerimônia) sobre a cabeça do médium, enquanto se entoa um ponto de Caboclo. A confirmação deste ritual acontece, quando o Guia incorpora e risca seu ponto em frente ao congar.

Para quem não sabe, o amaci é uma mistura de água pura e sumo de ervas, imantado aos pés do congá (altar). Serve basicamente para reenergizar o chacra coronário para que suporte as incorporações e as energias manipuladas na Umbanda.

Um médium de Umbanda trabalha diretamente no desmanche de fluidos pesadíssimos emanados da magia negra, em um trabalho corpo-a-corpo que exige proteções fluídicas como no caso do uso do branco ou das tradicionais guias no pescoço. O amaci, portanto, reenergiza o médium diante de tamanho desgaste físico e espiritual “alimentando” corpo e espérico, bem como fazendo uma “ligação direta” com os guias que compõem sua corrente espiritual, em especial seu guia chefe, chamado por outros de “pai”, “mãe”. Isso não importa.

As ervas do amaci devem ser colhidas, por vários médiuns e filhos de santos preparados. Alguns de Oxossi, respeitando os orixás da mata. Ao recolher as ervas são preparadas no mesmo dia ou seja maceradas e com cantos de todos os orixás durante sete dias será repetido o ritual no mesmo horário com a presença dos mesmos filhos que colheram as ervas executando o canto dos orixás. Em algumas ocasiões é feito um convite aos médiuns para tomarem um banho de cachoeira ou em um rio de água corrente para energizar as guias de contas e o próprio médium

Para posteriormente ser efetuado a lavagem de cabeça ou o banho dos médiuns na festa de Oxossi.

Banho de ritual é o banho de incorporantes (médiuns de incorporação). Esses banhos têm a função de estimular os fluídos da mediunidade, ativando, revitalizando as funções para uma excelente trabalho de ritualização dos Guias e é também recomendado para ativar e afinizar as forças dos Orixás, Protetores de Cabeça.

Banho de Amaci é o banho mais conhecido pelas pessoas que começam a frequentar os centros de Umbanda, locais espirituais candomblé e outro e que somente deve ser preparado por uma Entidade Espiritual ou pelo Guia Dirigente Espiritual, Pai ou Mãe de Santo, Zelador(a) do Terreiro, Babalaô ou Chefe de Culto. É o banho que pode ser preparado da cabeça aos pés, ou simplesmente da cabeça, porque é preparado de acordo com o Santo, Orixá protetor do filho, iniciante na Umbanda. O banho de amaci é próprio para a cabeça onde reside o nosso Santo Protetor, nosso Guia Espiritual Só podem tomar o banho de amaci aqueles que forem frequentar e desenvolver-se na gira de Umbanda, no Centro ou Terreiro. O próprio adepto não deve nunca prepará-lo e nem tomá-lo em casa; existe todo um ritual para que seja feito o amaci da Umbanda, Candomblé culto à natureza e outros locais espirituais isto é, ervas selecionadas de acordo com o Santo do Iniciante, bem como dia e hora apropriados, e demais requisitos que o banho exige.

Banhos de iniciados, este tipo de banho deve ser utilizado nos centros e terreiros de Umbanda, Candomblé, culto a natureza e outro, pelos médiuns, iniciantes ou não dentro da Lei da Maior e a Justiça Divina . Ele propicia o equilíbrio entre a aura do corpo mental e a aura do corpo. Equilibra, de maneira satisfatória, a incorporação das Entidades em seus aparelhos mediúnicos (filhos).

É um banho para ser usado com muito critério e cautela, pois para cada tipo de Entidade Espiritual é destinada uma planta ou várias plantas, num conjunto ritualístico. Um exemplo de banho de iniciados é o BANHO DE AMACI, aqui especialmente tratado.

KAVUNGO

Deus angolano, filho de Zumba com Lembaranganga, que nasceu com um problema de pele, que era enrugada e saía secreções com sangue, sendo uma criança de aspecto ruim.

kavungo

Zumbarundanda o rejeitou. Fora entregue à Kaiaia para que ela o criasse. Vivia escondido em uma casa de pau-a-pique, pois era respeitado pelas outras crianças e pela sociedade.

Ao completar 7 anos, sua mãe Kaiaia fora consultar um Kibanda Mesu (aquele que olha o oráculo), que orientou que ela, sua mãe de criação, fizesse um ritual de iniciação em um buraco aberto ao chão, com tamanho de 3 por 3, e sete palmos de profundidade.

Em meio aos preceitos, indicou que ficasse o seguinte preceito, que ele colocasse uma ronda só para tampar as partes íntimas e o colocasse na mata, onde ele teria de ficar 3 dias e 3 noites sozinho. Nesta obrigação ele aprendeu a caçar para a sua sobrevivência e voltou praticamente curado de sua doença, pois lá ele descobrira um mato seco (palha da costa) que fizera uma roupa e curava suas doenças, lhe cortando o frio. Sendo criado assim o ritual Nkíta, que os

iniciados de Kongo-Angola de qualquer Nkice passavam em antigos umbandistas.

Quando ele Voltou para sua Kafua, buraco feito para suas obrigações, não fora reconhecido, pois a palha tampava todo o seu corpo. Ele indagou a sua mãe, que logo colocou os guerreiros para bani-lo pensando se tratar de um espírito negativo e zombeteiro que era ele, Kavungo. Ela não acreditando, fez um pedido para que ele retirasse aquela roupa de palha. Ainda assim ele não fora reconhecido, pois era um menino de uma beleza extrema, mas o coração de mãe, falou mais alto o reconhecendo se tornando assim um príncipe desta aldeia. Por isso pegara a foca da terra como elemento, nas matas fora orientado por Vumbe (espíritos desencarnados), Kikulakadi (antepassados).

No seu Kafua pegara força de Kalungongumbe, Nkice da terra, morador das profundezas.

Contam que Kavungo quem ensinou os homens a enterrar os corpos de quem desencarna, para se decompor.

Por todos esses motivos Kavungo se torna pai e rei dos Vumbe. Assim como está presente no nascimento espiritual “iniciação” de todo povo angolano, por ter sido iniciado e servido como exemplo, de que a iniciação pode ser a salvação.

As cantigas para katular

“processo iniciatório”, um iniciado pertence originalmente a ele, também esta presente na passagem das pessoas para os planos espirituais, responsáveis pelo sepultamento e por levar o Kamutue “cabeça”, para o Diulo “céu”. Mesmo depois de iniciado, sua saúde era frágil sendo picado por um besouro, adquiriu a doença de chagas, porém sobrevivera com folhas e encantamentos.

KITEMBO TEMPO KINDEMBO

Nkice do ar, com o domínio BA manifestação do tempo, como o frio, o calor, noite, dia, sol e lua.

 sexta

Suas forças provocam a chuva, a neblina, está no anoitecer e no amanhecer. Controla o tempo cronológico, pois o dia vem após a noite.

Em momentos de tendas sobre ele é filho direito de Zambi, em outros momentos é filho de Samafu, primeiro ser masculino com Namafu, primeiro ser feminino. Em outros momentos é filho de Kayungo com Zumba.

Diz algumas lendas, que Zambi quando criou a Terra, criou seus diversos temperamentos, como o já dito frio, calor etc., criando Kitembo ou foi dado a Kitembo estar como Zambi, em todo o lugar e espaço ao mesmo Tempo.

Como já sabemos nossas divindades, são pessoas divinizadas e Kitembo na “forma humana” foi um homem de temperamento diverso, assim como é seu domínio na natureza.

Conta uma lenda Bantú, que uma aldeia Bantú, sofria com uma maldição onde a terra não dava frutos, a caça se extinguiu e as mulheres sofriam uma hemorragia, que as impedia de engravidar. Então o Nsoba (rei) desta aldeia, consultou um Kimbanda Mesu (sacerdote do Oráculo) que indicou que cavassem uma encosta de morro que de lá sairia um pó branco chamado Pemba, deste pó branco, deveria pintar todas as pessoas, e fazer uma oferenda a Kitembo, sendo assim o pai da Pemba, no meio dessa oferenda, era para fixar ao chão um bambu de aproximadamente metros e colocar na ponta do bambu um pano branco como o de Lembaranganga, para onde este pano branco fosse levantado com o vento, seria a direção que todos deveriam seguir, até encontrarem a fertilidade necessária e assim foi feito. Quando chegaram a este lugar, fundaram a aldeia de “Amuraxó”, (título passagem do Nkice Tempo) e traduzindo Amuraxó, é aquele que bebe muito.

Dizem que as mudanças climáticas repentinas se dão porque o Nkice bebe e descontrola o tempo.

Por todos estes motivos no Brasil seu nome também é Tempo.

Exú-ciência Divina

Para compreendermos o mistério Exu divino precisamos esquecer nossos Exus de trabalho, e pensarmos na Energia Exu. Com isso pensamos também em Exu enquanto mistério, polarizando-se em Ativo e Passivo, ou masculino e feminino.

EXU

Trono Revelado

Estes tronos assim como os tronos da Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e geração, são uma classe de divindades o qual compreendemos como os ministros de Deus. Os tronos de Deus, se polarizam através dos Orixás Divinos.

Quando o trono cristalino, através do seu nome Religioso que é Oxalá emana suas energias ao nosso planeta, ele nos estimula, e vitalizá-nos nos sentidos da Fé, do Crer. Nós cremos que a roupa é preta porque nós fomos condicionados a isso. Se eu creio que o Preto é Preto, ele será Preto.

O Médium, quando fica louco torna-se esquizofrênico, ou seja, por algum motivo se desequilibrou no sentido do crer, faltando assim o estímulo do crer, este perde toda a relação do plano físico.

Oxalá é passivo emana a fé o tempo todo, mas não nos faz senti-lo. 1

Oyá é ativa: atua com tratamento de choque, seus raios sagrados ativa-se diretamente no ser, fazendo-o correr na busca de uma solução de seu desequilíbrio, talvez uma conversão religiosa.

O Trono Mahor e Mehor, não estão inclusos no setenário sagrado, pois ele é dual:

Enquanto Oxalá proporciona a Fé e Oyá a esgota, os tronos mehor e mahor dão e tiram, ou proporcionam e esgotam ao mesmo tempo, pois eles podem estimular e Vitalizar, ou desestimular e desvitalizar a própria fé, de acordo com o sentido da realização Divina necessária.

A energia da Fé, Vem no trono Exu, se Vitaliza (se qualifica) no trono mehor, e é direcionado para a pessoa. Porém, apenas sentir não resolve, precisa despertar nas pessoas a vontade e o desejo de Deus.

Estimular e Vitalizar para tomar possível aquela ação divina.

As pessoas presentes neste curso, foram estimuladas e vitalizadas, no mistério de Oxossi (conhecimento) para aqui estarem presentes, assim foram vitalizados e estimulados no mistério Exu e Pomba-Gira.

Os tronos divinos qualificam então suas energias no vigor e no estímulo para chegar até as pessoas. Da mesma forma, os tronos atuam na forma inversa, se o cidadão está atuando negativamente, então ele recebe as ondas paralizadoras da mãe Oyá, a qual é vitalizada pelo trono mehor, e estimulada pelo trono mahor, e direcionada ao cidadão. Sua atuação será paralizadora da Fé, e ele se tornará provavelmente um “pai de encosto”, pois assim deixará de fazer a maldade.

Assim, as energias da coroa divina se vitalizam e estimulam para suas ações tanto na energia universal quanto na cósmica.

Quando o ser recebe uma projeção mental divina, não é Exu que está atuando, pois este está apenas Vitalizando ou estimulando a vontade divina para o reequilíbrio do ser.

A Dimensão Exu

Sabemos que possuímos 77 dimensões paralelas à dimensão humana e provavelmente interior da Vida. Cada dimensão compõe 7 esferas a cima, 7 a baixo, 7 à esquerda e 7 à direita.

Sabemos que cada ser gerado por Deus evolui na sua Dimensão, nós na humana, as plantas na vegetal os cachorros na animal e os Exus ( enquanto seres naturais) evolui na dimensão Exu.

Como tudo se multiplica na Criação Divina, nós, ou Vegetais, ou Exus quando evoluímos, subimos graus dentro da nossa própria dimensão até alcançarmos a perfeição Divina.

Com isso, torna-se claro que podemos também cairmos em nossas dimensões e sabemos que a única forma de voltarmos a receber atuações positivas divinas, mesmo no baixo-astral, é preciso tomarmos redentes (clamar-mos ao criador).

Entende-se então que se a dimensão espiritual está no centro do eixo das 77 dimensões, então a dimensão Exu deve ser a própria dimensão Setuagésima Sétima.

Entendemos que se todos os seres das dimensões paralelas evoluem na dimensão espiritual física, todos retornam a suas dimensões de origem após seus desencarnes. As demais dimensões conseguem nos visitar, porém não conseguimos visitar as demais dimensões.

Torna-se claro assim que, tudo que acontece na nossa dimensão ou nas outras 76 dimensões reflete diretamente na dimensão Exu (77), com isso conseguimos justificar também o mito Exu = Esfera.

Exu possui como símbolo o falo, que é o mais marcante símbolo do vigor sexual. Tendo nele seu cetro do poder, este símbolo foi adaptado ao tridente, necessário para adaptar a cultura judaica cristã. Este o qual projeta uma onda vibratória que alcança a dimensão natural, onde vivem seres femininos, que são geradoras naturais de energia e magnetismo que despertam o desejo. Neste mistério temos outro símbolo de Exu, a cabaça, que simboliza o útero e o poder procriador Feminino, a Pomba-Gira e assim Exu é estimulado a tomar iniciativas, já a Pomba-Gira natural projeta com seu cetro simbólico uma onda que alcança a dimensão onde Vive Exu, e por meio dela absorve o fator vitalizador, com o qual fortalece seu mistério e sua capacidade de irradiar seu magnetismo e sua energia, estimuladores do desejo. EXU é então o Guardião dos mistérios da sexualidade Feminina e regente da masculina, e Pomba-Gira é o inverso dentro do mistério maior EXU.

Com isto fica fácil entender que Exu só ama sobre alguém caso um “desejo”, exterior a ele o ative. Este não tem livre iniciativa, sendo dependente dos que o Evocam ou o Oferendam

Enfim, aqui conseguimos ter ideia de tão admirado Mistério Sagrado, o Mistério EXU.

DESMISTIFICANDO O MISTÉRIO

Mitos são respostas que não precisam ser justificadas; é uma expressão não calcada na lógica. Mitos não eram usados para explicar situações, mas sim para justifica-las. Quando explicamos um assunto esgotamô-los por completo.

 quarta desmiticando

Mestre Platão é a grande base da ciência e da filosofia. O ser primitivo sempre viveu do mito, naquele período se você tivesse o dom da palavra, escrevesse bem, falasse bem, você seria um poeta e, os poetas “eram os queridinhos dos deuses” tornando-se assim, ídolos naquele momento da criação. Hoje, um poeta é apenas um profissional na área literária.

Deixamos o mito quando começamos a especular, pressionamos a natureza e ela nos responde. Eis o surgimento da Ciência e da Filosofia.

No período primitivo os seres justificavam a natureza com o seu emocional, agora explicam por terem obtido respostas físicas.  Onde envolvem o pensamento, sempre vai ser gerado novo desafio, pois o comodismo é o verdadeiro sustento do mito.

Evolução das Informações

Inicialmente a física reconhecia o átomo como a menor partícula existente, e hoje já sabemos que ela se divide ainda mais. Então, o que era verdade ontem, pode não ser mais hoje, e o que é Verdade hoje, poderá não ser mais amanhã.Com isso podemos compreender que as informações que nos chegam agora não substituem as anteriores, mas agregam e esclarecem-nos a uma nova e necessária realidade.

Vejam, em tempos anteriores pedíamos ordem aos pais de santo para realizar algo, quando hoje “consultamos”aos nossos sacerdotes, não mais pedindo autorização, mas sim pedindo opinião a respeito do que pensamos.

Saudação ao Mistério Exú

– “Cavaleíro negro da encruzilhada, Traz esse Exu da sua morada!”

Exús Africanos

Segundo um dos mitos africanos, “yangi” é o barro que Oxalá fez Exú. Hoje usamos esse mineral yangí, adquirido diretamente do continente Africano, para os assentamentos deste mistério. Esse mineral absorve inexplicavelmente mais de 1 litro de elemento etílico por dia.

No panteão Africano Exu sempre foi explicado mítologicamente, entre eles:

Dois amigos irmãos. Num dia um deles deixou de oferendar Exu em desafio a um mistério. Os dois irmãos usavam chapéu preto e Vermelho. No dia seguinte, os irmãos foram conversar sobre assuntos diários e passou um Exu com o seu chapéu. Um irmão via o lado Vermelho do chapéu e o outro Via o lado preto. Ambos começaram a discutir se era preto ou vermelho e a briga se intensificou.

E Exu respondeu:

– não é preto nem Vermelho, apenas é preciso oferendar Exu!

Esse aspecto dual de Exu nos é apresentado no ponto cantado que segue:

“Exú, que tem duas cabeças…Uma é o satanás do Inferno a outra é Jesus de Nazaré…”

No inferno apresenta um aspecto de Deus e de Nazaré apresenta outro aspecto de Deus, oposto ao primeiro, assim como no mito, chapéu vermelho & chapéu preto. Ora Exu gera a força de sua fé ora ele tira.

Exú no mito Nagô é cultuado em separado com os demais Orixás, é conhecido como mensageiro dos demais Orixás e assim, é pela boca de Exú que os demais .falam

Antes de existir algo no exterior de Olorum, só existiu o vazio a volta de sua morada anterior e Exu era o Orixá regente deste vazio.

Assim como só existe o vazio, e tudo iria ser construído, só se construiria com aprovação de

Exu.

Não importa qual Orixá foi gerado primeiro, importa que o vazio é anterior a tudo, e assim o próprio Oxalá, só pode criar o Espaço com a concordância de Exu.

Só depois da Criação do Espaço por Oxalá é que todo resto pode ser criado, e isso nos explica por que saudamos sempre, anterior a qualquer atividade espiritual, primeiro o Mistério Exu.

Mojubá: “Eu me curvo para ti Exú.”

Adequação da Fonética nas culturas: Exú é um ser dual muito ligado a sexualidade do ser, todos os seres.

Pomba-Gira, vem do aspecto sexo: Pomba – sexo feminino – Gira está em tudo, em todos……

Africano

Pomba-gira: a poderosa ( Exu mulher)

Exú rege sobre tudo e todos, pois rege o vazio. Os seres Exus de natureza divina, tem suas hierarquias de seres Exus naturais, e estes tem suas hierarquias de seres espirituais Exunizados.

É através do trabalho de Umbanda caritativo, é que eles buscam uma oportunidade de se reassentarem a direita dos Orixás.

Lendas de Oxumaré

Oxumaré, filho de Nanan e Orixalá, recebeu de Olorum uma missão muito especial e importante para dar continuidade um processo de criação e renovação da natureza. Sua tarefa consistiu em carregar dentro de suas cabaças, toda água da Terra de volta para o céu. Era uma tarefa árdua e interminável pois, nem bem ele enchia as nuvens, a água já começava a escorrer, molhando tudo novamente.

Ele não tinha tempo a perder,mas, numa dessas viagens, parou para olhar a Terra e viu um imenso lugar, onde tudo era extraído da Lama. Estava faltando alguma coisa para dar mais alegria ao lugar. O próprio Oxumaré já tinha colocado em movimento todos os seres criados, como Olorum havia ordenado, mas ainda não bastava, tudo parecia muito igual e sem vibração.

Ele resolveu, então, pedir a Deus que o ajudasse a encontrar uma maneira de trazer  mais felicidade para a Terra, e Olorun concedeu a ele a realização desse desejo.

Quando estava carregando água, sem querer, deixou cair algumas gotas no caminho. De repente, formou-se um arco colorido, de uma beleza incrível. Aquele arco mostrava as cores do universo, e, através dele e se de suas infinitas, combinações, Oxumaré poderia colorir  toda  a Terra com diversos matizes, tornando-a mais alegre e  vibrante.

A partir de então, formou-se uma aliança entre Deus (Olorun) e os seres criados, que sempre poderia ser vista quando as águas do céu encontrassem a luz do sol. O arco-iris tornou-se, também, símbolo desse Orixá, que gosta de movimento e harmonia em todas as coisas.

Ogun, tomado pelo remorso, devido à sua crueldade com pessoas que so estavam obedecendo ordens, abriu o chão com sua espada enterrando-se de pé.

oxumare

OXUMARÉ, filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu. É uma entidade branca muito antiga, participo da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital.  A cobra é dele e é por isso que na Umbanda não se lhe mata. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida. A comunicação por Oxumaré. Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se – é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso é associado ao cordão umbilical.

Sua cor é o verde alface e todas as combinações do arco-iris. Sua oferenda predileta é tatu, falo, e frutas frescas. Tem aspecto feminimo, dança com o ADÉ (coroa das rainhas). É homem durante seis meses, mulher outros seis meses. É dono das riquezas escondidas na floresta, nas entranhas da terra e no fundo do mar, onde reside debaixo do oceano: pedras preciosas, ouro, coral pertence-lhe.

O perfil dos filhos de Oxumaré é aristocrático. Fisicamente é esbelto, seus traços são finos. É dinâmico, inteligente, dotado de espírito curioso e destava-se pela ironia. Gosta de fofoca e por ser intrigante, atrai, seduz e diverte. É frequentemente esnobe e gosta de exibir-se, chegando a ser excêntrico e extravagante. Quando rico é protetor dos jovens de talento. Não é bruto nem grosseiro, é refinado e civilizado, mas pode ser perigoso pela maledicência. Possui uma grande intuição e pode ser adivinho esperto.

Ele é o nascente e OXALUFÁ o poente.

LENDAS DE OGUM

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Ogun vivia em sua aldeia, quando foi requisitado para uma guerra, que não tinha data para acabar. Antes dc partir, ele exigiu que seus habitantes dedicassem um dia em sua homenagem, fazendo o sacrifício de jejuar e fazer silêncio absoluto, além de outras oferendas.

Partiu, em sua longa jornada, para os campos de batalha, onde permaneceu sete anos. No regresso à sua aldeia, caminhou durante muitos dias, sentindo muito cansaço. A fome e a sede também o atormentavam.  Na primeira casa que encontrou pediu água e comida, mas ninguém o atendeu, permanecendo calados e de olhos fixos no chão.

Resolveu, então, fazer outra tentativa na próxima casa, mas a cena foi a mesma, o que despertou sua ira. Ele esbravejou com os moradores, exigindo que falassem com ele, mas ninguém o fez. Não se conformava com tamanha falta de respeito, depois de ter lutado tanto! Ogun esperava uma recepção calorosa em sua própria aldeia, mas, ao contrario só encontrou silêncio.

A medida que avançava pelo interior da cidade, a mesma coisa se repetia, casa após casa. Ogun nem imaginava o que estava acontecendo. Perguntava e não recebia resposta.

Sua ira já estava incontrolável quando chegou ao centro do povoado, onde havia muitas pessoas. Estranhou o fato de ninguém estar conversando. Perguntou a eles onde estavam suas famílias, mas não obteve resposta. Era uma afronta!

Foi assim que, evocando todos os seus poderes, Ogun dizimou sua própria aldeia. Caçadores que passavam pela cidade, entre eles e seu filho, o reconheceram e tentaram aproximar-se. Vendo que sua cólera era imensa, resolveram evocar Exú para acalmá-lo.

A ira desse orixá finalmente foi aplacada. Seu filho, indignado ao ver tanta destruição, indagou o motivo que levou seu pai a cometer tal atrocidade. Ogun respondeu que aquelas pessoas lhe faltaram com respeito quando não o reconheceram. Precisavam de um castigo.

Foi, entã0, que seu filho fez-lhe lembrar da exigência que fizera antes de partir para a guerra.

OGUM – OUGUM à o primeiro filho de YEMANJÁ, a quem sempre acompanhava, sendo também muito afeiçoado a EXU e seu irmão OXOSSI, orixá da caça – a quem ele deu suas armas. Foi casado com IANSÃ que o abandonou para seguir XANGÔ. Casou-se também com OXUM, mas vive só, batalhando pelas estradas é o abre-caminhos.

Ele é o ORIXÁ do ferro; foi o primeiro ferreiro. É 0 ORIXÁ da civilização e da técnica. Introduziu a agricultura e, como oferenda, recebe inhame e feijão, os frutos da terra. É O ORIXÁ dos maquinistas, motoristas, ferroviários, operários e de todos aqueles que trabalham com máquinas e ferramentas. É o ORIXA da Virilidade; remove obstáculos, civiliza o mundo, prove alimentos. E nas grandes “obrigações”, pode pedir um boi ou um bode. Sua cor é o vermelho, mas gosta também dc azul e verde forte. Seu animal e o cachorro. É agressivo e brutal e é tido como responsável pelos acidentes de carro, avião e mecânicos em geral, com os quais castiga quem o desrespeitou. Seus filhos devem abster-se de beber cachaça e de andar armado com faca e facão. Por ser sua possessão muito violenta, pode deixar quem o recebe completamente inconsciente e sem controle de seus atos. Os filhos de OGUM são briguentos, violentos, impulsivos e não perdoam as ofensas que foram vítimas. Perseguem energicamente seus objetivos e em momentos difíceis, triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda esperança. Possui humor mutável, indo dos furiosos acessos de raiva à um tranquilo comportamento.

São impetuosos e arrogantes não se incomodando de melindrar os outros, mas por terem franquezas em suas intenções, e serem sinceros, dificilmente são odiados.

Atitudes que fortalecem sua autoestima!

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Emails de agradecimento fevereiro e março de 2015!

Sem título rosemary marcelo lizandra kamille fabio edna alice ana camila cleber chislene

AKIXI AKONGO (Divindades Caçadores).

4 - Òrìsà Òsóòsì

Os Akongo (Caçadores) pertencem à classe mais alta entre os Bantu (classe do caçador), estão ligadas a fartura. Aqui irei citar alguns Akongo conhecidos no Brasil dentro do culto Umbanda.

Os caçadores se alimentam através de sua própria Unhanga/Ukongo/Xitu (Caça). No livro Ilundu encontramos Dinhanga sendo o antigo Caçador.

Os caçadores têm ligação forte com a Vida animal, fazendo com que os animais façam a segurança das Aldeias.

Um dos nomes da divindade da cultura Iorubana ligada à caça é Oxossi.

A Umenekenu (saudação) nas casas de Umbanda dessa Divindade é Nganga Mukongo Muxitu que significa Senhor Caçador da Floresta.

Em Angola o caçador é conhecido como:

Kimbundu – Mukongo, Nhanga, Dinhanga, Mutombi.

Kikongo – Nkongo

Irei dar algumas informações agora para sabermos um pouco mais sobres os Caçadores.

Segundo o Dicionário Complementar Português Kimbundu:

Condutor de caçadores – kimb: tuamina njila, miniki, mutombi

Kik:ntuamini

Condutor de gado ao pasto ou para ir pastar – musuke, kafunga.

Deus da caça – uii, nzambi ia unhanga ua ngenga.

Divindade protetora dos adivinhos e caçadores – námbua, unzambi, uahu-

la ajuma ni azola jixitu

Divindade protetora dos caçadores samba, unzambi, uzokelela uleza.

A seguir irei citar os membros da família dos Akongo/Jinhanga (Caçadores).

– Mukongo – Caçador / Akongo = Caçadores

– Nkongo – Nkongo no dialeto Kíkongo significa Caçador.

– Mbila – É uma região de Angola e significa Chuva

Caçador e pescador  Nkongo Mbila

O Termo Bila também é um título de honra.

Obs: Mbila é um instrumento musical que é de origem da África do sul.

– Muta Kalambo – Deus da caça.

Ele rege também a fauna aquática e ele morreu nos arredores de Luanda.

É conhecido também o Deus da caça, Deus protetor dos caçadores com o nome de Muta kalomba úii, nzambi ía unhanga, sendo que de repente o nome Muta Kalombo Vem de muta Kalomba, sendo que a palavra Lomba significa Suplicar.

Existem pesquisadores que diz que Muta Kalombo divindade aquática, utiliza seu jacaré (ou crocodilo) para arrebatar mulheres na beira d’água com a finalidade de servi-lo. Aquelas que conseguem sobreviver e retornam, recebem o poder de Muta Kalombo para sacerdote.

– Ngunza (Gunza) – diferente denominação da entidade espiritual Muta Kalombo.

– Kabíla – Deus dos pastores, Deus dos pastores, ele tomava conta dos gados de Muta Kalambo.