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Orixá LOGUN-EDÉ
30 de janeiro de 2017 10:11 / Deixe um comentário
Logun-Edé, chamado geralmente apenas de Logun, é o ponto de encontro entre os rios e as florestas, as barrancas, beiras de rios, e também o vapor fino sobre as lagoas, que se espalha nos dias quentes pelas florestas. Logun representa o encontro de natureza distintas sem que ambas percam suas características. Os Canticos (Orin) em Ketu estão no final do artigo.
Orixá Logun edé
É filho de Oxossi com Oxum, dos quais herdou as características. Assim, tornou-se o amado, doce e respeitado príncipe das matas e dos rios, e tudo que alimenta os homens, como as plantas, peixes e outros animais, sendo considerado então o dono da riqueza e da beleza masculina. Tem a astúcia dos caçadores e a paciência dos pescadores como principais virtudes.
Dizem os mitos que sendo Oxossi e Ogum extremamente vaidosos, não puderam viver juntos, pois competiam pelo prestígio e admiração das pessoas e terminaram separando-se. Ficou combinado entre eles que Logun-Edé viveria seis meses nas águas dos rios com Oxum e seis meses nas matas, com seu pai Oxossi.
Ambos ensinariam a Logun a natureza dos seus domínios. Ele seria poderoso e rico, além de belo. No entanto, o hábito da espreita aprendido com seu pai, fez com que, um dia, curioso a respeito da beleza do corpo de sua mãe, de que tanto se falava nos reinos das águas, Logun-Edé vestindo-se de mulher fosse espiá-la no banho.
Como Oxum estivesse vivendo seu romance com Xangô, tio de Logun, e Xangô tivesse exigido como condição do casamento que ela se livrasse de Logun, Oxum aproveitou a oportunidade para punir Logun com sua transformação num orixá meji (hermafrodita) e abandona-lo na beira do rio. Iansã o encontra, e fascinada pela beleza da criança leva Logun para casa onde, juntamente com Ogum, passa a cria-lo e educa-lo.
Com Ogum, Logun-Edé aprendeu a arte da guerra e da forja, e com Iansã, o amor a liberdade. Diz o mito que Logun tinha tudo, menos o amor das mulheres, pois mesmo Iansã, quando roubada de Ogum por Xangô, abandona Logun com seu tio, criando assim um profundo antagonismo entre Xangô e Logun, já que por duas vezes Xangô lhe tira a mãe.
Em outro episódio Logun vai brincar nas águas revoltas (a deusa Obá, também esposa de Xangô) e esta tenta mata-lo como vingança contra Oxum que lhe fizera uma enorme falsidade. Oxum, vendo em seu jogo de búzios o que estava sucedendo com seu filho abandonado, pede a Orunmilá que o salve e este, que sempre atendia às preces da filha de Oxalá, faz uma oferenda a Obá que permite então que os pescadores salvem Logun-Edé, encarregando-o de proteger, a partir daquele dia,os pescadores, as navegações pelos rios e todos os que vivessem à beira das águas doces.
Logun nunca se casou, devido ao seu caráter infantil e hermafrodita, e sua companhia predileta é Ewá, que também vive, como ele, solitária e no limite de dois mundos diferentes.
Mais sobre Logunedé
Dia da semana: quinta-feira
Cores: Azul e amarelo
Símbolo: Ofá (arco e flecha) e Abebê (espelho de mão)
Número: 3
Comida: milho e coco e
Saudação: Loci loci, Logun!
Lenda do Ipeté de Oxum
23 de janeiro de 2017 07:46 / Deixe um comentário
Oxum encontrava-se com problemas no ventre e isso lhe causava dificuldades para engravidar, Mas era do desejo de Oxum engravidar; Diante dessa dificuldade ela decide consultar Orunmilá.
Orunmilá diante do problema de Oxum lhe ofereceu uma ajuda, Indagando que ela deveria seguir um preceito e nesse preceito ela deveria oferecer comida a todas as Oxuns, todas as irmãs; Oxum lhe disse que era impossivel, pois cada uma comiga uma coisa e sem muito pensar Orunmilá lhe respondeu:
– Se esforce, tens que criar um prato onde todas irão comer!
Oxum então responde:
– Mas como?
Orunmilá de pronto lhe responde:
– Você procurar uma estrada que parece não ter fim, caminhará e caminhará, algum tempo depois encontrará um homem que lhe presenteará com um fruto!
Oxum ficou meio desconfiada, mas era a única maneira de se livrar do problema. então Oxum no primeiro raiar do sol, no dia seguinte, Saiu a procura dessa estrada, passou por matas, rios, caminhos de pedras e ventanias.. Mas no fim encontrou a estrada, e tornou-se a caminhar, parou e descansou, mas voltou a caminhar… Até que avista um homem, parado na estrada, esse Homem era Ogún.
Ogún ficou espantado de ver Oxum alí, pois todos sabiam que oxum não saía de seus rios pra quase nada, ficava sempre no rio esperando os presentes e se banhando… Ela não gostava de sair de seu palácio de águas e naquele momento ela estava alí em uma estrada quente e sem acomodação! Com esse espanto de Ogúm ele lhe pergunta:
– O que lhe traz aquí Oxum?
E Oxum conta a Ogún o que lhe passava. Então Ogún vai até a beira da estrada e conhe um fruto chamado Ixú e entrega a Oxum e lhe diz para preparar uma comida chamada Ipeté, a comida que acalma! e entregue as suas irmãs.
Oxum lhe pergunta:
– O que quer em troca?
E Ogún muito encantado com a beleza de Oxum lhe responde:
– Nada! Você só terá apenas que sustentar sobre o seu Orí e sob a panela de Ipeté a folha de Abre-Caminho, e não esqueças de acomodar todos os Okutas de suas irmãs sobre o Ipeté.
Oxum ouviu atentamente as recomendações de Ogún e seguiu as suas orientações; pouco tempo depois nascia Logún-edé (O filho querido de Oxum).
“A partir desse Itán, Todos os anos é servido em ritual a comida Ipeté à Oxum, e abaixo da panela dessa comida e colocado as folhas de Abre-Caminho, sem esquecer de acomodar os Okutás sob o Ipeté. Também não podemos esquecer que por causa dessa lenda, o Único Orixá Boró (homem) que pode carregar a panela de Ipeté é Logún-Edé…”
Por consequência nasce também a seguinte Cantiga:
Oromilá, Oromilá ó
Oromilá ó, Iyá Badó A Yèyè ò.
Oromilá, Oromilá ó
Oromilá ó, Iyá Badó A Yèyè ò.
Oromilá, Oromilá ó
Oromilá ó, Iyá Badó A Yèyè ò.
A Iyá Osún, Osún Moreyeò.
A Iyá Osún, Osún Moreyeò.
A Iyá Osún, Osún Moreyeò.
A linha do Oriente.
16 de janeiro de 2017 07:40 / Deixe um comentário
A Linha do Oriente, ou dos Mestres do Oriente, é parte da herança da Umbanda, com elementos de um passado comum, berço de todas as magias e alicerce básico das religiões.
Entre todos os povos do oriente, desde a mais remota antiguidade, há uma sólida e autêntica tradição esotérica, dita a sabedoria oculta dos patriarcas, os mistérios religiosos dos povos antigos, que só tem chegado até nós em pequenos fragmentos.
A Linha do Oriente abrigou as diversas entidades que não se encaixavam nas matrizes indígena, portuguesa e africana, formadoras do povo brasileiro.
Essas entidades preservam conhecimentos milenares; são sábios que ajudam seus irmãos encarnados, independentemente de sua origem religiosa; são espíritos que não encarnam mais, mas que querem auxiliar os encarnados e desencarnados, em sua evolução rumo ao Divino, pois quem aprende tem que usar o que aprendeu.
Os mais altos conhecimentos esotéricos da antiguidade são conhecidos, no plano astral, pelas entidades que se manifestam nessa Linha. São conhecimentos magísticos e espiritualistas desaparecidos no plano material e preservados no astral, mantidos com essas entidades, cada qual com o que era sabido na religião de seu povo.
A Linha do Oriente tem enviado uma quantidade imensa de espíritos para a Corrente Astral de Umbanda.
São entidades que vêm com a missão de humanizar corações endurecidos e fecundar a fé, os valores espirituais, morais e éticos no mental humano.
Diversos terreiros umbandistas não têm por hábito trabalhar com essa linha, talvez por desconhecerem os benefícios que os povos ligados às suas diversas falanges podem nos proporcionar.
Se as evocarmos, com certeza seus guias nos darão a cobertura e as orientações necessárias e os consulentes poderão usufruir de seus magníficos trabalhos, principalmente relacionados à cura, campo em que gostam de atuar.
A Linha do Oriente é regida por Pai Oxalá, irradiador da fé para a dimensão humana, e por Pai Xangô, fogo e calor divino, com entidades atuando nas irradiações dos diversos orixás.
Tem como patrono um espírito conhecido, em sua última encarnação, como João Batista, irradiador de muita luz, sincretizado com Xangô do Oriente e conhecido como Kaô.
Era primo-irmão de Jesus Cristo e o batizou nas águas do Rio Jordão e tem o comando dos povos do oriente, onde se manifestam espíritos de profetas, apóstolos, iniciados, cabalistas, anacoretas, ascetas, pastores, santos, instrutores e peregrinos.
A Linha do Oriente, apesar de não ser oriente no sentido geográfico, popularizou-se e teve seus momentos gloriosos no Brasil nas décadas de 50 e 60, ocasião em que as tradições orientais budistas e hinduístas se firmaram, entre os brasileiros praticantes de modalidades ligadas ao orientalismo.
Espíritos falando nomes desconhecidos por nossa gente, que tiveram encarnações como indianos, tibetanos, chineses, egípcios, árabes e outros, incorporavam nos terreiros do Brasil, ao lado das linhas de ação e trabalho dos caboclos e pretos-velhos, sem esquecermos os espíritos ciganos.
A Linha do Oriente ou Linha dos Mestres do Oriente ainda está atuante e beneficiando aqueles que a invocam e a oferendam.
A saudação para essa linha é: Salve o Povo do Oriente!?. Alguns usam saudar como: Kaô?! (João Batista) e também: Salve o Povo da Cura!?.
Sarava a Umbanda
Fonte:Tenda Espírita Zurykan
Origem e história da umbanda: O advento do caboclo.
9 de janeiro de 2017 05:14 / Deixe um comentário
No final de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, um jovem de 17 anos que se preparava para ingressar na carreira militar, começou a sofrer estranhos surtos, durante os quais se transfigurava totalmente, adotando a postura de um idoso, com sotaque diferente e tom manso, como se fosse uma pessoa que tivesse vivido em outra época. Muitas vezes, assumia uma forma que mais parecia a de um felino lépido e desembaraçado que mostrava conhecer muitas coisas da natureza.
A família do rapaz, residente e conhecida na cidade de Neves, estado do Rio de Janeiro, ficou bastante assustada com esses acontecimentos, achando, a princípio, que o rapaz apresentava algum distúrbio mental repentino. Por isso, o encaminhou a um psiquiatra que, após examiná-lo durante vários dias, sugeriu que o conduzissem a um padre, pois os sintomas apresentados não eram encontrados em nenhuma literatura médica.
O pai de Zélio, que era simpatizante do espiritismo e costumava ler livros espíritas, resolveu levá-lo a uma sessão na Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza, em que o jovem foi convidado a ocupar um lugar à mesa. Então, tomado por uma força estranha alheia à sua vontade, e contrariando as normas da casa que impediam o afastamento de qualquer dos componentes da mesa, ele levantou-se e disse: “Aqui está faltando uma flor”. Em seguida, saiu da sala, dirigiu-se ao jardim e retornou com uma flor nas mãos, que colocou no centro da mesa. Tal atitude causou um enorme tumulto entre os presentes.
Restabelecidos os trabalhos, manifestaram-se nos médiuns kardecistas entidades que se diziam pretos escravos e índios, ao que o dirigente da casa achou um absurdo. Então, os advertiu com aspereza, alegando “atraso espiritual”, e convidou-os a se retirarem.
Após esse incidente, novamente uma força estranha tomou o jovem Zélio e, através dele, falou: “Por que repelem a presença desses espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. É por causa de suas origens e de sua cor?”.
Seguiu-se um diálogo acalorado. Os responsáveis pela sessão procuravam doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que desenvolvia uma argumentação segura. Um médium vidente perguntou à entidade: “Por que o irmão fala nesses termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau cultural que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala desse modo, se estou vendo que me dirijo a um jesuíta, cuja veste branca reflete uma aura de luz? Qual é o seu verdadeiro nome, irmão?”.
O espírito desconhecido então respondeu: “Se querem um nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não haverá caminhos fechados. O que você vê em mim são resquícios de uma encarnação em que fui o padre Gabriel Malagrida. Acusado de bruxaria, fui sacrificado na fogueira da Inquisição, em Lisboa, no ano de 1761. Mas, em minha última existência física, Deus me concedeu o privilégio de reencarnar como um caboclo brasileiro”.
Prosseguindo, a entidade revelou a missão que trazia do Astral: “Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (16 de novembro) estarei na casa de meu aparelho, às 20 horas, para dar início a um culto em que esses irmãos poderão transmitir suas mensagens e cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve haver entre todos, encarnados e desencarnados”.
O vidente retrucou com ironia: “Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?”. Ao que o espírito respondeu: “Cada colina da cidade de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que será iniciado amanhã”.
Para finalizar, o caboclo completou: “Deus, em Sua infinita bondade, estabeleceu na morte o grande nivelador universal. Rico ou pobre, poderoso ou humilde, todos se tornam iguais perante o desenlace, mas vocês, homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar essas diferenças além da barreira da morte. Por que não poderiam nos visitar esses humildes trabalhadores do Espaço, se, apesar de não terem tido destaque social na Terra, também trazem importantes mensagens do Além?”.
No dia seguinte, na casa da família Moraes, na Rua Floriano Peixoto, número 30, ao se aproximar a hora marcada, estavam reunidos os membros da Federação Espírita, os parentes mais próximos de Zélio, amigos e vizinhos, para comprovarem a veracidade do que fora declarado na véspera, e, do lado de fora, uma multidão de desconhecidos.
Às 20 horas em ponto, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas, para declarar que naquele momento se iniciava um novo culto, em que os espíritos de velhos africanos escravos e de índios brasileiros, os quais não encontravam campo de atuação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas em sua totalidade para os trabalhos de feitiçaria, trabalhariam em benefício de seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social.
A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal do culto que teria por base o Evangelho de Jesus.
Desse modo, o caboclo estabeleceu as normas em que se processariam as sessões: os participantes estariam uniformizados de branco, o atendimento seria gratuito e diário. Deu também nome ao movimento religioso, que passou a se chamar “umbanda”, uma manifestação do espírito para a caridade.
A casa de trabalhos espirituais que ora se fundava foi chamada de Nossa Senhora da Piedade, pois assim como Maria acolheu o filho nos braços, ali também seriam acolhidos como filhos todos os que necessitassem de ajuda ou de conforto.
Ditadas as bases do culto, após responder em latim e alemão às perguntas dos sacerdotes presentes, o Caboclo das Sete Encruzilhadas passou à parte prática dos trabalhos: foi atender um paralítico, fazendo-o ficar totalmente curado, além de prestar socorro a outras pessoas presentes.
Nesse mesmo dia, Zélio incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido com uma manifestação de loucura de seu aparelho. Com palavras de muita sabedoria e humildade, e uma timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os componentes da mesa, dizendo as seguintes palavras: “Nêgo num senta não, meu sinhô; nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco, e nêgo deve arrespeitá”.
Depois da insistência dos presentes, a entidade respondeu: “Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nego”.
Assim, continuou dizendo outras palavras que demonstravam a sua humildade. Uma assistente perguntou se ele sentia falta de algo que havia deixado na Terra, ao que o preto velho respondeu: “Minha caximba. Nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque busca”.
Tal afirmativa deixou a todos perplexos, pois presenciavam a solicitação do primeiro elemento de trabalho para a religião recém-fundada, pois foi Pai Antonio a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usada pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de “Guia de Pai Antonio”.
No dia seguinte, uma verdadeira romaria formou-se na Rua Floriano Peixoto. Enfermos, cegos e outros necessitados iam em busca de cura e ali a encontravam, em nome de Jesus. Médiuns, cuja manifestação mediúnica fora considerada loucura, deixaram os sanatórios e deram provas de suas qualidades excepcionais. A partir daí, o Caboclo das Sete Encruzilhadas começou a trabalhar incessantemente para o esclarecimento, difusão e sedimentação da umbanda. Além de Pai Antônio, tinha como auxiliar o Caboclo Orixá Malé, entidade com grande experiência no desmanche de trabalhos de baixa magia.
Em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebeu ordens do Astral superior para fundar sete tendas para a propagação da umbanda. As agremiações ganharam os seguintes nomes: Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia, Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição, Tenda Espírita Santa Bárbara, Tenda Espírita São Pedro, Tenda Espírita Oxalá, Tenda Espírita São Jorge e Tenda Espírita São Jerônimo. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10 mil tendas, a partir das mencionadas.
Embora não tivesse dado continuidade à carreira militar para a qual se preparara, pois sua missão mediúnica não o permitiu, Zélio Fernandino de Moraes nunca fez da religião sua profissão. Trabalhava para o sustento da família, e diversas vezes contribuiu financeiramente para manter os templos que o Caboclo das Sete Encruzilhadas fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, a qual, segundo dizem, mais parecia um albergue. Nunca aceitou ajuda monetária de ninguém; era ordem do seu guia-chefe, embora tivesse recebido inúmeras ofertas.
Obs.: É claro que antes de tudo isso espíritos de pretos velhos e índios já se manifestavam desde a época das senzalas, praticando a caridade ensinado pelo Cristo Jesus!
1 – Nota do médium: O texto que se segue foi baseado em informações verídicas obtidas diretamente de fitas gravadas pela senhora Lilian Ribeiro, presidente da Tenda de Umbanda Luz, Esperança, Fraternidade (TULEF), que contêm os fatos históricos narrados, possíveis de serem escutados na voz de Zélio de Moraes, manifestado mediunicamente com o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Em 2 de novembro de 2005 visitamos dona Zilméia em sua residência, em Niterói, Rio de Janeiro, oportunidade em que também conhecemos dona Lygia Moraes, respectivamente filha e neta de Zélio, dando conhecimento a ambas do presente texto, do qual obtivemos a confirmação sobre sua autenticidade e permissão para divulgá-lo.
Retirado do Livro Umbanda Pé no Chão ,Um guia de estudos orientado pelo espírito Ramatís. Norberto Peixoto
Oxaguian e Ibejis serão os orixás regentes de 2017.
2 de janeiro de 2017 07:01 / Deixe um comentário
A junção desses orixás vai proporcionar dinamismo, alegria e pioneirismo. Esse será o ano em que a praticidade se aliará ao entusiasmo pela vida e as pessoas ficarão mais generosas.
Em 2017, tem um aviso do plano astral para ter atenção para não perder as oportunidades que o destino nos oferece, aconselha a tirar vantagem da boa sorte e a lidar com os períodos nos quais as coisas não vão bem. Os acontecimentos não serão estáveis, porque necessitam de uma mudança, uma evolução. Esta mudança tende a ser para melhor! Não faça tudo ao mesmo tempo, mas também não deixe nada para fazer depois. Siga o seu caminho passo a passo.
O novo ano vai pedir muita calma. Então, mantenha a linha para a coisa vingar. Os guias avisam que se o seu objetivo é ter sucesso, vai ter a ajuda de que precisará, desde que você se dedique e coloque as mãos na massa pra valer.
Vem aí uma fase de muito trabalho pela frente. Mas, não espere que as coisas se resolvam da noite para o dia. Pelo contrário, será preciso ter paciência e pé no chão.
O ano novo será regido por Cassiel, que tem a missão de zelar pela energia criativa. Ele ajuda a resolver questões relacionadas a imóveis, aumento da clientela, eliminação de obstáculos, aumento do conhecimento e fortalecimento da espiritualidade. O sucesso chegará neste ano para as pessoas que tiverem persistência. É para ter mais cuidado com dinheiro. Os guias aconselham responsabilidade e a manter a cabeça fria em todas as situações. Este será um ano para iniciar projetos e promover mudanças na forma de agir: é hora de aprender e crescer. A intuição poderá ser usada para guiar suas decisões, mas ouça a razão.
Elementos de sorte
Flor: crisântemo branco, que simboliza honra e também transmite fé e estabilidade
Incenso: mirra, que estimula a intuição e limpa os ambientes
Perfume: jasmim, que aumenta a autoconfiança e atrai sorte
Pedra: topázio, que promove realizações e estimula a alegria
Pingente: escudo, que traz proteção contra roubos e negatividades
Procedimentos de preparação para a Gira!
26 de dezembro de 2016 05:56 / Deixe um comentário
Quando sabemos que em determinado dia ocorrerá uma Gira, nós os filhos-de-santo devemos tomar algumas providências que com toda a certeza nos ajudarão a se preparar para ela.
Em primeiro lugar, a abstinência alcoólica é obrigatória. Nunca devemos ir a uma Gira dedicada a Deus e aos Orixás com sequer uma dose de qualquer bebida que seja, isso porque tal ato poderá acarretar problemas sérios ao médium, que terá alguns dos seus sentidos alterados e não poderá entregar-se por completo ao Pai, além de ser um desrespeito à ele próprio.
A carne vermelha deve ser evitada, pois lhe são contidas certas energias que podem interferir no organismo do médium, seja ele de incorporação ou não, dificultando assim o fluxo de energia positiva da corrente e o reabastecimento de suas ”baterias divinas”.
Quanto a abstinência sexual, ela deve ser efetuada, não pelo sexo ser impuro como todos pensam, mas sim porque o ato ocorrido consome grande parte da energia corporal, debilitando o corpo do Médium que não poderá ser utilizado na sua plenitude devido ao cansaço existente.
Por ultimo lugar citamos o banho de defesa ou descarrego como se costuma chamar, e que pode ser feito com cinco, sete ou nove Ervas Sagradas, ou o próprio sal grosso.
Este banho tem o poder de limpar e defender o corpo de qualquer negatividade que possa nele existir, dando-lhe melhores condições para desempenhar o seu papel nas Giras. Porém vale o lembrete de que o banho de defesa só é tomado após o banho comum, sendo lavada somente à parte de abaixo do pescoço (pois a cabeça pertence ao Santo de cada um), e deverá ser levemente enxuto deixando com que o restante se seque no próprio corpo.
Para complementar essa preparação, deve também acender uma luz ao nosso anjo-de-guarda, pedindo a sua proteção para que tenhamos condições de nos entregar totalmente à Caridade.